Benoît Hamon recebido na sede do PS
Na sua primeira deslocação ao estrangeiro na qualidade de candidato presidencial, Benoît Hamon afirmou ainda, na conferência de imprensa no final do encontro, a sua preocupação com a situação atual da Europa, especialmente com as derivas populistas e autoritárias que se vão sentindo, e que devem ser combatidas em todo o continente – e no imediato em França -, o que defendeu ser possível com uma democracia forte e participada, assim como através de “uma mudança de política” europeia.
O socialista francês abordou ainda a questão das dívidas soberanas, que disse ser “o grande tabu da discussão europeia”, afirmando a sua convicção de que “mais cedo ou mais tarde” a discussão irá colocar-se, exigindo uma visão de conjunto da Europa.
Quanto a Portugal, o candidato presidencial francês deu conta da sua satisfação pelos bons resultados que a governação tem vindo a obter, suportada na solução que se veio a denominar por “geringonça”, que pela sua natureza compromissória, de esquerda e contra a austeridade, disse merecer ser apreciada e elogiada: “a esquerda hoje não só governa como tem resultados no plano social”, reforçou.
Deixando um elogio ao líder socialista português, Hamon afirmou ter ficado “muito contente com a qualidade da conversa que tivemos, com o apoio de António Costa. Ele disse que precisamos da esquerda em França e da esquerda na Alemanha. Penso como ele”, sublinhou.
“Foi um primeiro encontro extremamente útil e importante com um dos grandes dirigentes da esquerda europeia de hoje. Não são muitos os países dirigidos por homens e mulheres de esquerda. Aqui não só é dirigido por um homem de esquerda, como é apoiado por uma larga maioria de esquerda”, afirmou.
A primeira volta das eleições presidenciais francesas, que se realizam este ano, terá lugar no próximo dia 23 de abril.