O primeiro-ministro e Secretário-geral do PS, presidiu à sessão de lançamento da Academia Aeronáutica de Portugal, na OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, em Alverca, situada no concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, onde destacou a importância da aposta na qualificação dos portugueses para o progresso do país.
“O desenvolvimento de um país depende da capacidade de aumentar a riqueza que produz. E a riqueza que produz traduz-se em mais investimento e na produção de bens e serviços de maior valor acrescentado”, afirmou.
O líder socialista acrescentou que “só com o reforço das qualificações” Portugal conseguirá atrair investimento no futuro, pois, “as qualificações são mesmo um dos motores do nosso desenvolvimento”.
Para António Costa, não basta investir na formação superior, é igualmente fundamental mais investimento em formações complementares.
O Secretário-geral do PS destacou o “enorme salto” que o país deu na qualificação superior nos últimos 20 anos.
“Se imaginarmos que hoje, nas pessoas entre os 30 e os 34 anos, temos quatro vezes mais licenciados do que tínhamos há 20 anos, no início do século XXI, percebemos o enorme salto que o país deu”, apesar de haver ainda “um enorme caminho a percorrer”, disse.
Nesse sentido, o objetivo do Governo socialista é chegar ao final desta década “com 50% da população entre os 30 e os 34 anos com uma formação superior completa”, nomeadamente nas áreas das engenharias, tecnológicas, artísticas e matemáticas como áreas principais.
António Costa recordou que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) contempla “um programa especificamente destinado para, daqui até 2026, aumentar em 10% o número de jovens licenciados nestas áreas”.
Investimento com retorno de 15 mil milhões de euros
No âmbito da deslocação a Alverca, António Costa presidiu à sessão de assinatura do acordo entre a OGMA e a fabricante norte-americana Pratt & Whitney.
Para António Costa este protocolo é “um bom exemplo de como é possível a partir de uma empresa centenária continuar a aumentar a riqueza produzida”, onde a Academia Aeronáutica de Portugal se assume como um bom exemplo das sinergias entre a academia e a indústria.
O compromisso assumido será vigente para os próximos 30 anos e prevê um investimento de 80 milhões de euros, o que permitirá um retorno na ordem de 15 mil milhões de euros.
“Significa triplicar o volume de negócios da OGMA, significa criar mais 500 postos de trabalho nos próximos anos e significa aumentar as exportações de Portugal para o mundo”, sublinhou António Costa, acrescentando que “nada disto seria possível sem que houvesse investimento e se não houvesse talento e competências em Portugal para a realização deste projeto”.
A academia de aeronáutica deverá entrar em funcionamento no início de 2022 e vai ter capacidade inicial para 100 alunos, com o objetivo de formar profissionais no setor e de responder às necessidades de mão-de-obra qualificada nesta área.