António José Seguro apresentou caminho alternativo do PS a jornalistas alemães

O Secretário-geral do Partido Socialista recebeu hoje uma delegação de cerca de 30 jornalistas alemães, que se encontra em Portugal a convite da Comissão Europeia para conhecer os efeitos do programa de ajustamento no nosso país.

No encontro, António José Seguro teve a oportunidade de apresentar o caminho alternativo do PS para que Portugal cumpra as metas estabelecidas no memorando assinado com a troika. “A grande diferença entre o PS e o Governo é o caminho para atingirmos os objetivos e honrarmos os compromissos internacionais”, disse o Secretário-geral do PS, sublinhando que o PS se opõe ao “programa de empobrecimento do país” que está a ser levado a cabo por este Governo, com o “dobro da austeridade inicialmente prevista no memorando”.

Esta política, salientou, “não está a consolidar as finanças públicas, aumenta o desemprego, destrói a capacidade produtiva do país e tem feito com que Portugal volte a ser um país de emigração, algo que não acontecia há 50 anos”.

O caminho alternativo passa, explicou António José Seguro, pelo crescimento económico, porque “nenhum país paga as suas dívidas ficando mais pobre”.

“Ao retirar-se importância ao crescimento económico, o ajustamento tem custos elevados do ponto de vista social e não atinge os objetivos”, referiu.

Sobre os efeitos, em Portugal, de uma grande coligação na Alemanha, António José Seguro afirmou: “É muito importante, desde que esse acordo responda ao problema das dívidas soberanas, com a criação de um fundo de redenção, conforme proposta dos chamados 5 sábios alemães”. Defendeu ainda como fundamental que o governo alemão dê prioridade, na Europa, ao crescimento e ao emprego.

A importância do investimento estrangeiro – nomeadamente alemão – no nosso país, as posições do PS em termos de política europeia, o Orçamento do Estado para 2014 e as propostas do PS foram outros temas abordados no encontro.

A agenda desta deslocação de jornalistas alemães inclui encontros com vários ministros, partidos da oposição, Cáritas, sindicatos e empresários.