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António Costa visita Coreia do Sul com agenda de produção tecnológica e energética

António Costa visita Coreia do Sul com agenda de produção tecnológica e energética

O primeiro-ministro iniciou hoje, terça-feira, 11 de abril, uma visita de dois dias à Coreia do Sul onde pretende convencer os empresários daquele país asiático a investirem em Portugal na produção de semicondutores, lembrando que o país reúne hoje recursos humanos “muito qualificados” e a “maior fábrica europeia de embalagem final dos chips”.

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António Costa, visita à Coreia do Sul

O chefe do Governo voltou esta manhã a advogar, no final da visita que realizou a uma das fábricas da multinacional sul-coreana SK Hynix, uma empresa que ocupa um dos lugares cimeiros no ranking mundial na produção de semicondutores, que Portugal e a sua economia têm a “absoluta necessidade” de acompanhar o movimento mundial de “reorganização das cadeias de valor face ao atual quadro de instabilidade na economia internacional”, lembrando a importância dos semicondutores enquanto peças basilares na produção da maioria das indústrias a nível global.

Referindo aos jornalistas, no final desta visita à fábrica da SK Hynix, unidade situada a cerca de 60 quilómetros da capital Seul e que representa um investimento de mais de 100 mil milhões de euros, cobrindo uma vasta área totalmente dedicada à produção automatizada de semicondutores, que o conceito de “autonomia estratégica económica”, defendido há muito tempo pelo Governo português, não significa “ficarmos fechados sobre nós próprios”, António Costa garantiu que o país continua aberto a atrair investimento direto estrangeiro, “designadamente sul-coreano”, para que se produza na Europa “aquilo de que a Europa necessita”.

O primeiro-ministro, que nesta visita foi acompanhado pelo ministro da Economia, António Costa Silva, pela ministra da Ciência e do Ensino Superior, Elvira Fortunato, e pelo ministro das Infraestruturas, João Galamba, não deixou de lado o que há muito vem defendendo, que há cada vez mais a necessidade de se apostar na “diversificação das cadeias de produção de alguns bens essenciais”, assumindo neste particular a importância dos semicondutores e o papel decisivo que têm na produção de “quase tudo”, lembrando que a paralisação da produção de semicondutores ocorrida na China, a partir do início de 2020, devido à pandemia da Covid-19, veio a revelar-se como um “bloqueio geral” para uma séria de indústrias a nível mundial.

Energias renováveis

Antes desta visita a uma das três maiores produtoras mundiais de semicondutores, que o primeiro-ministro disse saber estar a estudar pontos de investimento fora do país, António Costa tinha já visitado a Hanwha, uma empresa da área das energias renováveis já há algum tempo instalada em Portugal, e que agora anuncia querer expandir a sua produção no país, com o chefe do executivo a lembrar que, entre as empresas que vai visitar, “há umas que nunca tiveram contacto com Portugal, e outras que já têm uma posição importante no país”, destacando, a este propósito, a empresa CS Wind, que “entrou no capital de uma empresa metalomecânica portuguesa que produz eólicas”.

Na oportunidade, António Costa lembrou ainda que Portugal foi dos países da União Europeia que, em 2022, registou “o maior crescimento económico”, facto que, em sua opinião, lhe permite agora dispor de uma “oportunidade única” para, nos próximos anos, graças ao apoio dos fundos comunitários, realizar “uma profunda transformação da sua economia”.

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