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António Costa realça projeto de complemento ao “esforço extraordinário” dos professores

António Costa realça projeto de complemento ao “esforço extraordinário” dos professores

O primeiro-ministro, António Costa, presidiu esta quarta-feira, nos estúdios da RTP, em Lisboa, à apresentação do projeto #EstudoEmCasa - A Escola na Televisão, que vai levar as aulas aos alunos do ensino básico através da televisão pública, dirigindo um agradecimento ao "esforço extraordinário" dos professores que estão a manter o ensino a distância durante a crise de pandemia da Covid-19.
António Costa realça projeto de complemento ao "esforço extraordinário" dos professores

“Houve uma capacidade extraordinária de reinventar a forma de a escola continuar, de o ensino continuar e de a aprendizagem continuar, apesar de a escola estar fisicamente fechada, e os professores fizeram um pouco de tudo”, elogiou António Costa.

Durante a apresentação do projeto, que vai ocupar parte da programação da RTP Memória com aulas para os alunos do ensino básico durante o terceiro período, já a partir da próxima segunda-feira, 20 de abril, o líder do Governo elogiou também o trabalho da estação de televisão pública, que montou “em tempo recorde” uma solução para tornar mais acessível o ensino, num momento excecional e sem aulas presenciais.

“Percebemos que há um conjunto de alunos que não têm acesso às plataformas digitais e, por isso, era preciso complementar esta oferta com uma nova oferta que pudesse chegar a todos e é por isso que criámos este programa, não para relembrar a velha Telescola (…), mas para criar uma escola de hoje, que chega com os conteúdos de hoje e com as tecnologias de hoje à casa de cada um”, sublinhou.

O primeiro-ministro acompanhou o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, aos estúdios da RTP onde já estão a ser gravadas as aulas do 1º ao 9º ano, tendo podido assistir à gravação de uma dessas aulas para os alunos dos 7º e 8º anos de escolaridade.

Tiago Brandão Rodrigues aproveitou a ocasião para agradecer também aos professores, “os verdadeiros artífices” do ensino a distância, que marcou as últimas duas semanas de aulas do segundo período, antes das férias da Páscoa, e vai também marcar o terceiro período do ano letivo.

O ministro da Educação sublinhou igualmente a importância do projeto, que resulta de uma colaboração entre a tutela, a RTP e a Fundação Calouste Gulbenkian, para que os alunos que não têm acesso aos equipamentos tecnológicos para acompanhar as aulas ‘online’ não sejam excluídos do ensino durante este período, destacando que esta iniciativa é essencial para complementar o que tem sido o “trabalho inexcedível” dos professores.

Segundo explicou, a escolha do canal RTP Memória foi feita porque “era relevante que tivéssemos um canal acessível a todos, fosse na fibra ótica, fosse por satélite, ou por televisão digital terrestre, porque em muitas casas as televisões não têm a funcionalidade de voltar para trás, e era importante apresentar todos os conteúdos sincronamente”.

Por outro lado, através deste modelo, “as famílias que têm mais de um filho e não têm várias televisões têm a possibilidade de ter a grelha continuada para que todos possam seguir todos os conteúdos”.

Conteúdos pedagógicos temáticos

“Mais do que aulas, estes conteúdos são blocos pedagógicos temáticos, de largo espectro, porque é impossível acertar no ponto exato da matéria em que estava cada um dos professores em cada um dos 812 agrupamentos de escolas”, disse Tiago Brandão Rodrigues

Os conteúdos “estão acompanhados de um guião, que estará disponível para todos os professores poderem complementar o trabalho dos alunos que não têm acesso aos meios telemáticos”, revelou ainda.

Na grelha de programação, concebida para os alunos do ensino básico, os conteúdos pedagógicos temáticos passarão ao longo das cerca de 8 horas de emissão diárias. Estes conteúdos – que começam a ser transmitidos a 20 de abril – vão também ficar disponíveis em várias plataformas online da RTP e numa App, e ainda no Youtube.

Durante o terceiro período, que foi alargado até 26 de junho, os alunos do 1º ao 10º ano de escolaridade vão continuar a estudar a partir de casa, estando apenas previsto o eventual regresso às escolas dos alunos dos 11º e 12º anos, nas disciplinas sujeitas a exame de acesso ao Ensino Superior, assim a situação epidemiológica no país o permita.