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António Costa realça em Seul estabilidade e atração de investimento em Portugal

António Costa realça em Seul estabilidade e atração de investimento em Portugal

O Governo português vai mobilizar até 11 mil milhões de euros no apoio ao investimento, apostando na produção de microchips, energia e mobilidade verde. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, António Costa, em Seul, no segundo e último dia da visita oficial que está a realizar à Coreia do Sul.

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António Costa, visita à Coreia do Sul

O primeiro-ministro, António Costa, deixou a garantia às centenas de empresários sul-coreanos que o ouviam na abertura do Fórum de Negócios Portugal/Coreia do Sul, em Seul, que o Governo português vai mobilizar até 11 mil milhões de euros no apoio ao investimento estratégico, assegurando que Portugal oferece um dos índices mais elevados a nível mundial, quer em relação à “estabilidade política, quer na coesão social”, num universo “de cerca de 214 países”, colocando-se como o “sexto país mais seguro do mundo”.

De acordo com o líder do executivo socialista, estes são investimentos financeiros muito avultados, desenhados ao abrigo do “novo regime europeu de auxílios estatais”, considerando António Costa que tão ou mais importante que as “condições e as oportunidades” que existem é o facto de haver pela parte do Governo português a total “disponibilidade para apoiar investimentos estratégicos estrangeiros”, designadamente em áreas tão decisivas para a economia, como acrescentou, como a produção de “microchips, energia e mobilidade verde”.

Para que as contas possam bater certas, lembrou o primeiro-ministro, há ainda que somar a estes 11 mil milhões de euros outros 39 mil milhões de euros de incentivos financeiros “no âmbito do programa Portugal 2030 e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, a que se deve igualmente agrupar, disse ainda António Costa, “importantes créditos fiscais às empresas, através da concessão de isenções fiscais e subvenções para a criação de emprego”.

Aproximar as economias

Apesar de haver relevantes investimentos de empresas portuguesas na Coreia do Sul e de empresas sul-coreanas em Portugal, há ainda, na perspetiva de António Costa, um caminho a percorrer, justificando com as “muitas razões” que fazem de Portugal o “destino perfeito para empresas e investimentos sul-coreanos”. Destacando, entre outras, a mão de obra “altamente qualificada” e a “terceira maior taxa de recém-licenciados em engenharia na Europa”.

Outro dos aspetos que, na opinião do primeiro-ministro, jogam a favor de Portugal, tem a ver com o que referiu ser “o peso significativo das energias renováveis no cabaz energético”, problemática que permite ao país, como sustentou, “manter o preço da eletricidade praticamente inalterado face à atual crise energética”, uma crise, como lembrou, fomentada pela guerra resultante da invasão da Ucrânia pela Rússia.

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