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António Costa evocou “universalidade e intemporalidade” das causas no centenário de José Saramago

António Costa evocou “universalidade e intemporalidade” das causas no centenário de José Saramago

Para o primeiro-ministro, falar de José Saramago, Prémio Nobel da Literatura em 1998, é destacar a “universalidade e a intemporalidade das suas causas pelos direitos humanos e pela paz”, defendendo que o escritor “foi um homem do seu tempo e um homem de causas”.

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António Costa, centenário de José Saramago

Reconhecendo, numa breve intervenção no encerramento da sessão dedicada aos 100 anos do nascimento de José Saramago, que “nem todas as causas defendidas pelo escritor eram partilhadas por todos”, o primeiro-ministro, que estava acompanhado pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, fez, contudo, questão de salientar que Saramago teve o enorme mérito e a qualidade impar de conseguir “inspirar muitos”, sendo esta, para António Costa, “uma das suas grandes missões e qualidades”.

Numa sessão que decorreu ao fim da manhã de hoje na Fundação José Saramago, em Lisboa, aberta pela atriz Maria do Céu Guerra que leu textos do escritor, o primeiro-ministro, que antes tinha já visitado no Museu do Chiado a exposição ‘Porquê – a arte contemporânea em diálogo com José Saramago’, fez questão de realçar que, mais do que os cem anos que hoje se comemoram do nascimento de José Saramago, são as suas histórias e as suas causas que vão perdurar, desejando que daqui a cem anos continue a haver quem queira “relembrar as palavras do escritor e as suas várias expressões artísticas”.

De acordo com o chefe do Governo e Secretário-Geral socialista, “não é apenas para invocar o passado que justifica a realização desta sessão”, mas também, como havia de gostar José Saramago, para que “continuássemos a partir de hoje a construir o futuro”. Insistindo António Costa que o Prémio Nobel da Literatura “foi muito mais de que um escritor”, mas também um “homem do seu tempo, do seu mundo e do mundo com que sonhou e que achou que todos tínhamos o direito e o dever de sonhar e de procurar”.

Na sua intervenção, o líder do executivo lembrou a honra que teve por ter sido, em 1990, o número três da lista em que José Saramago foi eleito presidente da Assembleia Municipal de Lisboa pela coligação ‘Por Lisboa’, que integrava o PS, PCP e outros partidos de esquerda, uma coligação, como lembrou António Costa, que defendia causas “por todos partilhadas e comuns à Humanidade”.

Nem todos, afirmou ainda o primeiro-ministro, podemos estar de acordo com tudo e com todos, assumindo que “há velhas desigualdades que persistem e novas formas de violar os direitos humanos”, como há sempre também “batalhas que se tornam presentes”.

O primeiro-ministro não finalizou a sua participação sem deixar de citar José Saramago, quando o escritor defendeu que é preciso “tornar mais forte a vontade da paz do que a vontade da guerra”.

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