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António Costa evoca na escrita de Mário Soares o fundador e obreiro do Portugal democrático “que da história fez literatura”

António Costa evoca na escrita de Mário Soares o fundador e obreiro do Portugal democrático “que da história fez literatura”

Foram muitas as personalidades que ontem marcaram presença na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, no lançamento do volume zero das obras escritas de Mário Soares. Na cerimónia, António Costa referiu que, entre os muitos sinais distintivos da escrita do antigo Presidente da República, respira-se “uma saborosa liberdade”.

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António Costa, apresentação das obras escritas de Mário Soares

Políticos e gente da cultura marcaram ontem presença na Fundação Gulbenkian no lançamento do volume zero da coleção das obras escritas de Mário Soares. Personalidades como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, a vice-presidente da Assembleia da República, Edite Estrela, Carlos César, presidente do PS, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, o secretário de Estado do Cinema e dos Audiovisuais, Nuno Artur Silva, ou os deputados socialistas Pedro Delgado Alves e Jorge Lacão, entre muitas outros, como o presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, ou o cineasta António-Pedro Vasconcelos, assistiram ao elogio do primeiro-ministro à trajetória de Mário Soares, considerando António Costa que no fulgor do ex-Presidente da República se encontram as qualidades que “constituem um herói do nosso imaginário: o idealismo, a coragem, a audácia e a exemplaridade”.

Depois de se regozijar com o projeto de se fazer publicar, ao longo dos próximos anos, a obra escrita do antigo chefe de Estado português, o primeiro-ministro defendeu que a sua divulgação permitirá, uma vez mais, como frisou, o reencontro dos portugueses com “o fundador e obreiro do Portugal democrático” e “autor das suas opções fundamentais, como o fim do regime colonial e a integração europeia”.

Para António Costa, esta é também uma obra que invoca aquele que, em tantos momentos decisivos da nossa história contemporânea, “foi o rosto e a voz da liberdade, a sua causa maior”, assumindo, contudo, o primeiro-ministro e líder socialista que a “exigência do trabalho político nem sempre é compatível com o tempo necessário para a escrita”, pelo que “nesse confronto”, frisou, a “realização literária fica em desvantagem”.

De acordo com o chefe do executivo e líder socialista, a literatura “pode e muitas vezes é o motor da história, a formadora das ideias e a impulsionadora da ação”, reconhecendo que estes são atributos que estão intimamente ligados à escrita de Mário Soares, considerando por isso que a publicação da obra escrita do ex-Presidente da República “é uma justa homenagem a uma personagem excecional”, a quem os portugueses “tanto devem a sua liberdade e Portugal a sua democracia”.

A coleção ‘Obras de Mário Soares’, coordenada pelo escritor José Manuel dos Santos, apresenta como volume zero a primeira tese de licenciatura do ex-Presidente e primeiro-ministro português, intitulada ‘As ideias políticas e sociais de Teófilo Braga’, com notas de leitura de António Sérgio e cartas sobre a obra’.

O conjunto das obras do antigo chefe de Estado tem vindo a ser trabalhado por uma comissão científica da qual fazem parte personalidades tão distintas, entre historiadores e académicos, como António Reis, Bernardo Futscher Pereira, David Castãno, Fernando Rosas, Irene Flunser Pimentel, José Manuel dos Santos, José Pacheco Pereira, Maria Fernanda Rollo, Maria Inácia Rezola, Mário Mesquita e Nuno Severino Teixeira.

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