Falando aos jornalistas na sede da ONU, em Nova Iorque, cidade onde se encontra para participar na 77ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, o primeiro-ministro, questionado acerca das previsões do Governo sobre a evolução económica em Portugal para 2023, deixou a garantia de que no dia 10 de outubro, dia de apresentação do Orçamento do Estado, será também divulgado o quadro de previsão “daquilo que será a situação do país no próximo ano”, aproveitando para enaltecer a “extraordinária capacidade das empresas” portuguesas em se “adaptarem nas situações mais adversas”.
António Costa neste elogio às empresas e ao “tecido empresarial português”, lembrou também que perante uma eventual recessão em Portugal, “como se prevê que possa acontecer na Alemanha” já para este inverno, sobretudo em consequência da guerra na Ucrânia, vai obrigar a que “todos tenhamos de ter preocupações”, não só em relação ao próximo ano, mas “sobre o dia de amanhã e sobre todos os anos”, lembrando, contudo, que as previsões da Comissão Europeia apontam Portugal como o país que “mais crescerá em toda a União Europeia”.
Voltando à questão colocada pelos jornalistas, o primeiro-ministro garantiu que o Governo está a analisar “quais as perspetivas para o próximo ano, tendo em conta os efeitos que a guerra está já a ter nalgumas das principais economias europeias”, e não só na alemã, como referiu, estando igualmente a alargar a sua observação ao que está a acontecer “noutros mercados” para onde as empresas portuguesas têm conseguido “reorientar o seu esforço de exportação”, e com isso “sustentado de uma forma bastante vigorosa o nosso crescimento económico”.
Quanto ao apelo do Presidente da República para que o Governo divulgue quanto antes o cenário macroeconómico para 2023, António Costa voltou a lembrar que fala com o PR semanalmente, mantendo-o “naturalmente informado” sobre este e todos os restantes assuntos do Governo.
O primeiro-ministro fez ainda questão de recordar que o Presidente da República “conhece os calendários”, pelo que sabe que será no dia 10 de outubro que o Governo, “como lhe compete”, apresentará o Orçamento do Estado, documento que incluirá, “como é óbvio”, o “cenário macroeconómico para o próximo ano”.