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António Costa elogia colaboração dos setores privado e social na luta contra a pandemia

António Costa elogia colaboração dos setores privado e social na luta contra a pandemia

O primeiro-ministro elogiou o “trabalho conjunto” que tem havido entre o Serviço Nacional de Saúde e os setores privado e social da saúde no combate à Covid-19, referindo que “uma coisa é a agitação do debate político e outra bem diferente é a realidade”.
António Costa elogia colaboração dos setores privado e social na luta contra a pandemia

No final da visita que esta manhã efetuou, na companhia da ministra da Saúde, Marta Temido, ao novo Hospital da CUF Tejo, em Lisboa, em que teve oportunidade de assistir ao processo de vacinação de profissionais de saúde do setor privado, o primeiro-ministro, depois de enaltecer o “trabalho conjunto” e a colaboração que tem existido desde março, como sublinhou, entre o SNS e os hospitais privados, do setor social ou das Forças Armadas, que “têm estado mobilizados sempre que necessário”, lembrou que o país ainda vive “um momento muito crítico” no combate à doença, garantindo que uma coisa é a agitação própria que existe no debate político, e outra, bem diversa, “é a que se verifica na realidade”.

E a realidade, ainda segundo António Costa, é que existem entre o SNS e as instituições dos setores privado e social “53 acordos” para o tratamento de doentes Covid-19, voltando a sublinhar que, num momento particularmente difícil que o país atravessa na luta contra a doença, é fundamental poder-se contar, desde logo, com mais 300 camas já disponibilizadas pelo setor privado, a que se poderão ainda juntar outras 700 camas para atendimento a doentes não Covid-19 que necessitam de tratamento.

Vacinar os prioritários

António Costa referiu-se ainda ao processo em curso da vacinação contra a Covid-19, lembrando que já esta semana chegaram a Portugal 6.100 doses da Moderna destinadas à vacinação dos profissionais de saúde do setor privado, insistindo que estas doses devem ter como destino “quem está definido como prioritário”, apelando a que todos os outros saibam “aguardar serenamente” pela sua vez para serem vacinados.

Por outro lado, e ainda de acordo com líder do executivo, é bom que o país tenha já atingido o “ponto de estabilização” do número de doses que está a receber, um cenário, como aludiu, que permite “planear devidamente a distribuição dessas doses”, reafirmando ter sido fundamental que no plano de vacinação “se tenha dado prioridade aos profissionais de saúde do SNS”, mas também aos restantes profissionais de saúde dos setores privado e social “com acordos de cooperação”.

No final desta visita ao novo Hospital da CUF, em Alcântara, o primeiro-ministro, depois de garantir que “toda a população será vacinada”, chamou de novo a atenção dos portugueses para que se mantenham tranquilos e aguardarem pela sua vez para serem vacinados, lembrando-lhes que ninguém tem de telefonar ou de “correr para o seu centro de saúde”, porque o que está decidido, como aludiu, é que todos os cidadãos receberão em suas casas uma carta ou um email com a hora e o local onde serão vacinados.

Lembrando ainda que o plano “está desenhado” para que, no final do verão de 2021, “70% da população esteja já vacinada”, António Costa salientou que, hoje, “estamos perto das 100 mil pessoas que já tiveram as duas doses da vacina”.

Finalmente, o primeiro-ministro regozijou-se com o facto de ter sido a União Europeia a assumir a responsabilidade da compra conjunta das vacinas, invocando António Costa a necessidade de que todos compreendam que os Estados-membros estão “dependentes a montante da produção por parte da indústria”, referindo que, se não fosse esta compra conjunta por parte da Comissão Europeia, hoje estaríamos de novo a assistir à confusão que se verificou no início da pandemia, “com cada um dos países da União Europeia a lutar uns contra os outros, como aconteceu em março passado em torno da compra das máscaras”.

“É fundamental que a indústria consiga aumentar a capacidade de produção e é bom saber que a Pfizer já tem acordos com outras farmacêuticas e é essencial que a AstraZeneca o faça também, assim como a Moderna. Só retomaremos a normalidade quando pelo menos 70% de nós estivermos vacinados e a imunidade de grupo atingida”, reforçou.