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António Costa: Direita está sem discurso perante política orçamental que “tem funcionado bem” para o país

António Costa: Direita está sem discurso perante política orçamental que “tem funcionado bem” para o país

O primeiro-ministro defendeu hoje no Parlamento que a direita “está sem discurso” e “perplexa” sem saber o que dizer perante a proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Governo, defendendo que as “linhas de demarcação” da direita face aos governos socialistas “entraram em falência”.

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Críticas que o primeiro-ministro dirigiu hoje aos partidos da direita, PSD, Iniciativa Liberal e Chega, depois da intervenção do líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, no primeiro debate quinzenal na Assembleia da República após a revisão do Regimento no passado mês de julho.

A direita, ao longo dos últimos meses, disse António Costa, tem dito sobre o Governo e as suas políticas “um bocadinho de tudo”. “Já nos acusou de termos apresentado um orçamento pipi, bem apresentadinho e betinho, também já disseram que sou luso comunista”, tendo a Iniciativa Liberal, recordou, ido um pouco mais longe dizendo “que eu tenho três mãos”.

O embaraço em que se encontra a oposição de direita, disse o primeiro-ministro, sem saber o que dizer perante as políticas do Governo, limitando-se a repetir incessantes lugares-comuns, revela-nos a “falência das sucessivas linhas de demarcação que ensaiaram face aos governos socialistas desde novembro de 2015”.

Linhas de demarcação, como referiu, que passam por uma estratégia onde a direita pretendeu transmitir a ideia de que os governo do PS “não são bons gestores das contas públicas, que os mercados e os investidores estrangeiros não confiam nos socialistas e que o PS é amigo de um Estado grande e apologista de aumentos de impostos”. Cenários que, garantiu, a “História se tem encarregue de desmentir e de demonstrar o inverso”.

Linhas de demarcação

Ao contrário da propaganda da direita, disse o primeiro-ministro, a política orçamental “tem funcionado bem”, o país conhece níveis de crescimento em média “dez vezes mais do que nos 15 anos anteriores a 2015”, os rendimentos têm aumentado e convergido com os da União Europeia, “como não acontecia desde o início deste século”, com o emprego em máximos histórico e com as contas públicas “cada vez mais equilibradas”.

Hoje o país pode orgulhar-se, ao invés do que sucedeu entre 2011 e 2015, no Governo de direita do PSD/CDS, acrescentou António Costa, de ter exposto em 2019 um superávite orçamental, um cenário que se vai repetir este ano, como garantiu e, como tudo indica, “igualmente em 2024”, com a redução sustentada da dívida pública, de forma a “proteger o futuro dos portugueses”.

Fica assim confirmado, mencionou António Costa, que os socialistas não só não conduziram o país para o ‘inferno’, como tiveram a competência de ajudar Portugal e os portugueses a sair do ‘inferno’ criado pela direita dos “cortes nos salários e das pensões”, começando a diminuir o “enorme aumento de impostos criado pelo Governo do PDS/CDS de Passos Coelho”.

Quanto à segunda linha de demarcação que a direita tentou traçar, que passava por difundir a ideia de que os mercados e o investimento estrangeiro não tinham confiança nos governos do PS, António Costa observou que este é um cenário que tem vindo a ser paulatinamente desmentido ano após ano pela realidade, como “mostra o rácio da dívida” que é hoje “inferior não só ao da Grécia, como ao da Itália, Espanha, França ou da Bélgica”, com Portugal a bater recordes todos os anos de investimento direto estrangeiro, “que em 2022 se cifrou em 32 mil milhões de euros”.

Finalmente, o primeiro-ministro referiu-se ainda ao que considerou ser a terceira linha de demarcação da direita em relação aos governos do PS, que passava pela “narrativa de que os socialistas seriam amigos de um Estado grande” e de estarem vocacionados para “esmifrar os contribuintes”, uma tese igualmente desmentida pela realidade, como salientou, designadamente com o “reforço do investimento no SNS e na educação, e com a redução clara dos impostos sobre os portugueses, em particular do IRS”.

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