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António Costa apela a “grande mobilização” na Madeira para responder às necessidades do país, dos municípios e da região

António Costa apela a “grande mobilização” na Madeira para responder às necessidades do país, dos municípios e da região

É necessário que “todos façam um esforço acrescido” para ajudar a relançar a economia, ajudando o país a ultrapassar o “brutal choque económico” provocado pela pandemia, defendeu ontem no Funchal o Secretário-geral do PS, apelando a uma “fortíssima mobilização” dos socialistas na última semana de campanha eleitoral, alertando que “não há nem derrotas, nem vitórias antecipadas”.

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António Costa no Funchal

Intervindo ontem no Funchal, num jantar com os candidatos do PS às autarquias da Madeira, o líder socialista lembrou ser este o momento para que os portugueses olhem como mais atenção para a floresta e menos para a árvore, sublinhando que ultrapassar o brutal choque económico provocado pela pandemia de Covid-19, com as terríveis sequelas que instigou do ponto de vista da saúde pública, requer a união de todos, evitando “divisões absurdas”, designadamente entre freguesias, municípios e regiões, para que setores como, por exemplo, a cultura, o turismo ou a restauração, “áreas que foram especialmente afetadas” pela crise, possam relançar as suas atividades num prazo o mais curto possível.

Para ajudar a que este desiderato se realize, lembrou António Costa, existe também agora o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que vem acrescentar um conjunto muito alargado de novos recursos financeiros, “mais do que alguma vez tivemos”, o que obriga Portugal, como destacou, “a ter de fazer mais e melhor” do que aquilo que “fizemos no passado e a ir mais além e mais rápido”, um dever que o país tem, não só perante a União Europeia, como “perante nós próprios e, sobretudo, perante as próximas gerações”.

O importante agora, argumentou ainda o líder socialista, ultrapassado que está o período mais agudo da crise pandémica, é não desperdiçar tempo com “questiúnculas ou com questões laterais”, concentrando a atenção do país em todas as iniciativas que possam ajudar a “ultrapassar os dramas que a crise abriu”, criando mais emprego, apoiando as empresas, mas também criando condições para que haja uma efetiva recuperação dos rendimentos das famílias.

A autonomia precisa de solidariedade

Antes o líder socialista tinha participado num comício de apoio à recandidatura do presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Silva Gouveia, tendo na ocasião defendido que as autonomias precisam de “solidariedade e de confiança mútua”, predicados sobretudo necessários, como acentuou, em momentos “dramáticos como os vividos com a pandemia” de Covid-19, sendo precisamente em momentos como estes que mais necessário é que exista uma “conjugação de esforços” para que se possa “fazer mais e melhor”.

Uma solidariedade que António Costa lembrou ser hoje olhada pela União Europeia de forma muito diferente da maneira como lidou com a crise anterior, não vindo desta vez, nem com exigências de mais austeridade, nem com envios de uma ‘troica’, mas, pelo contrário, “dando mais solidariedade” e disponibilizando a Portugal, tal como aos outros 26 Estados-membros, um Plano de Recuperação e Resiliência para que “possamos todos responder às necessidades e tornar o país, as regiões e os municípios mais fortes”.

O líder socialista e primeiro-ministro lembrou que também a República, pelo seu lado, estendeu esta solidariedade na forma como vai distribuir as verbas do PRR pelas regiões autónomas, cumprindo os mesmos critérios seguidos na distribuição dos outros fundos comunitários, uma decisão que é tomada pelo Governo, como referiu António Costa, em nome dos “valores e da compreensão” que as regiões ultraperiféricas exigem pela situação específica em que se encontram.

António Costa lembrou ainda que, apesar das regiões autónomas terem apenas cerca de 2,5% da população do continente, vão, contudo, em nome da referida solidariedade, receber “5% das verbas destinadas ao PRR”, garantindo que serão os governos das regiões autónomas a decidir como utilizar as verbas atribuídas.

Para o líder socialista, a “solidariedade não se agradece”, porque é “um dever que corresponde a um direito”, destacando que as verbas do PRR e dos programas Portugal 2020 e do Portugal 2030 são verbas que não correspondem a “um favor que a República fez à Madeira”, mas a um direito que os madeirenses têm.

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