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António Costa alerta para a responsabilidade de todos na prevenção dos incêndios florestais

António Costa alerta para a responsabilidade de todos na prevenção dos incêndios florestais

Portugal está hoje muito mais bem preparado para combater incêndios na floresta nacional do que estava há cinco ou seis anos, garantiu esta manhã em Coimbra o primeiro-ministro, que alertou, contudo, que este facto “não diminui a responsabilidade de cada um de evitar comportamentos de risco que possam provocar fogos”.

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Não há qualquer comparação entre a preparação estrutural que o país hoje tem no combate a incêndios florestais e o que existia quando, em 2015, o PS assumiu responsabilidades governativas. Quem o garante é o primeiro-ministro, lembrando, contudo, que mesmo dispondo de “todos os meios do mundo”, qualquer descuido pode “desencadear de imediato um enorme incêndio”.

Apelou, por isso, à máxima exigência e respeito pelo cumprimento das regras estabelecidas pelas autoridades competentes, lembrando que numa altura em que as condições meteorológicas apontam para “temperaturas extremas, num ano de seca extrema, com combustível volumoso e ótimo para arder”, todo o cuidado é pouco para prevenir um incêndio na floresta.

António Costa falava esta manhã aos jornalistas antes de visitar a sala de operações da Unidade de Emergência da Proteção e Socorro, da GNR, em Coimbra, uma deslocação integrada num programa mais vasto para o dia de hoje, em que o chefe do Governo se desloca também aos concelhos da Lousã e de Viseu, onde pôde verificar ‘in loco’ os meios e os recursos disponíveis para combater os incêndios numa semana que se prevê de altas temperaturas.

Reafirmando que, apesar do salto qualitativo que Portugal deu em relação aos últimos cinco, seis anos, quer no reforço e na qualificação dos meios humanos, quer, por exemplo, em “meios aéreos”, tal não será, contudo, suficiente, nem tão pouco “capaz de prevenir”, como referiu o primeiro-ministro, a ocorrência de incêndios, “se a mão humana, voluntariamente ou por distração, os tiver provocado”.

Somos nós cidadãos comuns, acrescentou ainda António Costa, que temos de fazer “este trabalho fundamental” de prevenção, lembrando que esta é agora uma atitude ainda mais necessária quando todos os especialistas apontam para “temperaturas extremas” até ao próximo domingo, com o consequente “aumento do risco de incêndio”. O primeiro-ministro recordou, a este propósito, que está em vigor a “proibição de fazer fogo ou de utilizar máquinas em contexto florestal”.

Fazendo uma ligação entre a situação criada durante a crise pandémica de Covid-19, em que os portugueses souberam assumir as suas responsabilidades, tomando as “medidas preventivas adequadas”, como o distanciamento ou o uso da máscara, e “confiado nos profissionais de saúde”, também nesta situação dos incêndios florestais, segundo António Costa, “temos todos de continuar a ser responsáveis”, não “fazendo lume nem trabalhar, nesta altura, com máquinas agrícolas”.

Portugal em Situação de Contingência nos próximos dias

Nesta visita que hoje iniciou a algumas das regiões do país mais afetadas por incêndios florestais, o primeiro-ministro é acompanhado pelo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, e pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

Recorde-se que, face às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para o agravamento do risco de incêndio rural, o Governo determinou a declaração da Situação de Contingência em todo o território do continente, por decisão conjunta dos ministros da Administração Interna, José Luís Carneiro, da Defesa Nacional, Helena Carreiras, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, da Saúde, Marta Temido, do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, e da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes.

Segundo nota do Ministério da Administração Interna, a declaração da Situação de Contingência, que abrange o período compreendido entre as 00h00 horas desta segunda-feira e as 23h59 horas da próxima sexta-feira, dia 15 de julho, implicará a mobilização de todos os meios disponíveis e o reforço do dispositivo dos corpos de bombeiros, com a contratualização de até 100 novas equipas, entre outras medidas de prontidão e resposta operacional imediata.

Também devido à elevada exposição do país ao risco de incêndios, António Costa cancelara já, no sábado, a viagem oficial a Moçambique, onde estava previsto que participasse na V Cimeira Luso-Moçambicana.

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