Ana Catarina Mendes deixou, em declarações aos jornalistas na antecipação do debate sobre o Estado da Nação, que vai decorrer na próxima quarta-feira, “uma palavra de reconhecimento a um país que se reinventou”, que “se mobilizou, que criou parcerias, que não parou, que não baixou os braços perante as adversidades”.
Admitindo que a sessão legislativa que agora se encerra foi “particularmente difícil”, a presidente do Grupo Parlamentar do PS salientou o trabalho do Governo, como o aumento de 7% da despesa na saúde e os apoios para as famílias e para impulsionar o tecido económico de Portugal.
Também a campanha de vacinação mereceu destaque por parte da dirigente socialista, já que a percentagem da população totalmente vacinada ultrapassa os 40%. De acordo com Ana Catarina Mendes, trata-se de um “esforço hercúleo do Serviço Nacional de Saúde e também do Governo português na compra das próprias vacinas”.
A presidente do Grupo Parlamentar do PS realçou depois o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), considerando-o “um instrumento absolutamente fundamental” para “modernizar a economia e combater a pobreza”. “Há bolsas de pobreza que não podem ser esquecidas, neste momento, e que têm de ser combatidas”, defendeu a socialista, que acrescentou que o PRR vai servir para criar políticas de habitação, para as qualificações, para a digitalização e para combater as alterações climáticas.
“Ainda temos muito para fazer, não estamos libertos desta pandemia”, vincou a líder parlamentar do PS, que assegurou que, perante as adversidades, é preciso “superá-las e superá-las significa trabalhar”.
Aqui, Ana Catarina Mendes lamentou o papel dos partidos da oposição perante a crise pandémica, já que o que o país teve foi “a ausência de oposição na tentativa de resolver os problemas”.
E recordou: “Quando o PSD, há um ano, recusava votar o Orçamento do Estado porque dizia que dava tudo a todos, é completamente incompatível com aquilo que hoje diz, que é preciso dar mais apoios”.