Ana Catarina Mendes designada secretária-geral adjunta
A Comissão Nacional do PS, reunida no sábado, aprovou a designação de Ana Catarina Mendes para o cargo de Secretária-geral adjunta, sob proposta do líder do partido, António Costa. O órgão máximo socialista entre congressos aprovou também a constituição de uma Comissão Permanente, órgão executivo do Secretariado Nacional, que a Secretária-geral adjunta irá coordenar.
A deliberação da Comissão Nacional foi aprovada por uma maioria esmagadora dos seus membros, recolhendo 97% de votos favoráveis, e reforça a dimensão organizativa e de coordenação política do PS, numa conjuntura especialmente exigente em que exerce funções governativas a nível nacional.
No final da reunião, a nova Secretária-geral adjunta assumiu o objetivo de reforçar a coesão do partido, mobilizando-o para os desafios do combate político que se avizinha.
“Espero estar à altura da responsabilidade que me foi confiada, unindo o partido, tornando-o mais coeso, mas, sobretudo, mais forte em termos de dimensão de conteúdo da mensagem política”, afirmou, salientando ainda “a enorme responsabilidade de manter o partido a funcionar em termos de organização”.
“É uma obrigação manter o partido forte, com novas ideias e com a missão de suportar o Governo, mas com reforço da sua autonomia em relação ao executivo”, acrescentou a nova Secretária-geral adjunta, destacando um PS que se apresenta “democrático, transparente ao nível dos procedimentos e rigoroso na gestão financeira”.
Perfil
Ana Catarina Mendes, 42 anos, é licenciada em Direito e advogada de profissão. Liderou a concelhia de Almada e a Federação de Setúbal da Juventude Socialista. Foi deputada municipal em Almada, entre 1993 e 1997. Deputada à Assembleia da República desde 1998, sempre pelo círculo eleitoral de Setúbal, foi eleita primeira vice-presidente da bancada parlamentar socialista para a presente legislatura e integrou a equipa que negociou os acordos do PS com BE, PCP e PEV. Presidia, desde setembro do ano passado, à Federação de Setúbal do partido, que agora deixa para assumir, a convite de António Costa, o cargo de Secretária-geral adjunta do PS.
Equipa da Comissão Permanente terá 10 membros
A Comissão Permanente, que se vai constituir como o “núcleo duro” do executivo socialista, irá assegurar maior agilidade à coordenação política do partido, num momento em que o PS assumiu a responsabilidade de exercer funções de Governo do país.
Será composta por 7 dos 15 secretários nacionais – Hugo Pires, João Galamba, Luís Patrão, Manuel Pizarro, Maria Antónia Almeida Santos, Maria da Luz Rosinha e Porfírio Silva -, integrando ainda, por inerência, o também secretário nacional João Tiago Silveira, na qualidade de diretor do Gabinete de Estudos do PS, Carlos César, enquanto presidente do Grupo Parlamentar, e João Torres, como Secretário-geral da JS.
Este órgão executivo irá fazer “a monitorização da concretização do programa do Governo” do PS e “terá ainda a missão de mobilizar os militantes e simpatizantes socialistas para o combate político nesta conjuntura do país, perante a novidade deste novo Governo”, explicou a Secretária-geral adjunta, que assumirá a sua coordenação.