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Alqueva foi discussão “quase tão longa” como novo aeroporto e hoje todos reconhecem o seu impacto

Alqueva foi discussão “quase tão longa” como novo aeroporto e hoje todos reconhecem o seu impacto

O primeiro-ministro, António Costa, assinalou em Viana do Alentejo que a construção do Alqueva foi um grande projeto discutido “durante décadas”, num debate que se arrastou quase tanto tempo como aquele que se faz em torno do um novo aeroporto de Lisboa, mas que “hoje ninguém tem dúvidas” sobre o seu impacto para a região e o país.
Alqueva foi discussão “quase tão longa” como novo aeroporto e hoje todos reconhecem o seu impacto

“Durante décadas, discutiu-se se o Alqueva era ou não era uma boa opção, se era ou não era útil” e essa foi “uma discussão quase tão longa como o do novo aeroporto de Lisboa”, comparou o primeiro-ministro, durante o lançamento do concurso para a construção do Bloco de Rega de Viana do Alentejo, no âmbito do alargamento do empreendimento do Alqueva.

“A verdade é que, hoje em dia, ninguém tem a menor das dúvidas sobre a importância do Alqueva e o que o Alqueva conseguiu transformar a paisagem e o território” do Alentejo, frisou.

O concurso de obra lançado na sexta-feira, integrado no Programa Nacional de Regadios, envolve um investimento de seis milhões de euros, devendo a empreitada estar concluída em 2021, beneficiando uma área de cerca de 4.600 hectares.

Na sua intervenção, ao lado dos ministros da Agricultura, Luís Capoulas Santos, e do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, o líder do Executivo socialista aludiu à importância do regadio para a competitividade da agricultura nacional.

“O país precisa de melhorar a qualidade dos seus solos agrícolas” e o Programa Nacional de Regadios “é absolutamente essencial para que isso possa acontecer”, defendeu António Costa.

Lembrando o objetivo do Governo em “alargar a todo o país” este programa, o primeiro-ministro começou por salientar “o primeiro passo” nesse sentido, que resultou da negociação com o Banco Europeu de Investimento (BEI) e com o Banco do Conselho da Europa para financiar um programa de mais 90 mil hectares de regadio, dos quais 40 mil no Alqueva e 50 mil em outras zonas do país.

Com o Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI), recentemente apresentado pelo Executivo, “damos um novo passo”, com “um investimento muito importante de 750 milhões de euros”, para prosseguir o Programa Nacional de Regadios, destacou.

“O Alentejo que hoje se está a construir, o Alentejo que hoje estão a construir, é um Alentejo seguramente melhor porque há esta facilidade do acesso à agua”, frisou, dirigindo-se aos agricultores presentes na sala do Cineteatro Vianense, aos quais fez questão de agradecer a “persistência” e a “iniciativa”.

A realização e o sucesso deste projeto, concretizou António Costa, só se torna possível com “o vosso trabalho, o vosso investimento e a vossa determinação”.