Afirmação da igualdade de género em todos os domínios é um benefício para toda a sociedade
Falando hoje num almoço comemorativo do Dia Internacional da Mulher, na residência oficial em São Bento, António Costa, que estava acompanhado pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, depois de considerar fundamental que a igualdade de género seja mantida como um objetivo prioritário “mesmo no plano legislativo” e mesmo depois dos “progressos registados no país desde a revisão do Código Civil de 1977”, rejeitou por completo a tese de que só por si a dinâmica da evolução social seja suficiente para ultrapassar e resolver todos os problemas de desigualdade de género que ainda subsistem na sociedade portuguesa, defendendo que a paridade entre os homens e as mulheres, a todos os níveis, “não é um favor, mas um benefício para todos”.
Perante 18 figuras femininas que alcançaram, todas elas, especial destaque nas suas profissões, o primeiro-ministro lembrou que “ninguém pode ter a ilusão” de que o exemplo de sucesso destas mulheres é o “paradigma da sociedade portuguesa”, recomendando cautela a quem assim possa pensar, porque a batalha pela igualdade de género em Portugal, como sustentou, “ainda não está concluída” sendo por isso necessário prosseguir a luta pela afirmação da igualdade “em todos os domínios”.
Três desafios a vencer
Na sua breve alocução, o primeiro-ministro fez questão de salientar que nesta batalha pela igualdade de género existem três desafios que importa enfrentar: a erradicação de todas as formas de violência, em particular a doméstica e a de género, a conciliação entre as vidas profissional e familiar e o combate à desigualdade salarial entre homens e mulheres, sendo que as maiores desigualdades se verificam sobretudo “nas profissões com mais elevadas exigências de qualificação”.
Almoço muito concorrido
Neste almoço com o primeiro-ministro, estiveram presentes personalidades da vida financeira como a vice-governadora do Banco de Portugal, Elisa Ferreira, Gabriela Figueiredo Dias, presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Cristina Casalinho, presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública e a empresária Célia Reis, assim como desportistas, casos da antiga campeã olímpica Rosa Mota e da atleta Patrícia Mamona.
Entre as figuras femininas convidadas para este almoço estiveram ainda várias mulheres em representação dos setores da cultura, da ciência e letras, casos da astronauta, Ana Pires, da artista plástica, Fernanda Fragateiro, da diretora do Instituto Gulbenkian Ciência, Mónica Bettencourt-Dias, Justa Nobre, conhecida chefe de cozinha, Filipa Lowndes Vicente, historiadora da arte, Maria João Antunes, professora universitária, a bailarina, Marlene Monteiro Freitas e Sofia Branco, presidente do Sindicato dos Jornalistas.
Estiveram ainda na residência oficial do primeiro-ministro figuras como a primeira mulher general das Forças Armadas, Regina Mateus, a primeiro submarinista da Marinha, Noémia Freire, e a presidente da CRESAP, Maria Júlia Murta Ladeira.