“O acordo que foi alcançado para o corredor verde europeu é uma vitória para o nosso país. É positivo para Portugal. É positivo para Espanha e França. É positivo para o conjunto da União Europeia, no momento em que, mais do que nunca, temos de promover a nossa autonomia estratégica alargada também do ponto de vista energético”, afirmou João Torres.
Falando à margem da sessão de apresentação da proposta de Orçamento do Estado, que reuniu militantes e simpatizantes socialistas do distrito de Castelo Branco, o ‘número dois’ da direção do PS manifestou ainda “estupefação” pelas críticas do PSD ao acordo entre Portugal, Espanha e França, verbalizadas pelo vice-presidente social-democrata Paulo Rangel, lamentando a radicalização do discurso político e a falta de sentido de Estado do principal partido da oposição.
“Sabemos que o PSD, no tempo devido, esteve contra o investimento tão substantivo que foi feito nas energias renováveis, o PSD esteve contra o investimento no hidrogénio e o PSD está hoje contra este acordo”, apontou João Torres, observando que esta é uma postura que, infelizmente, está em linha com a que tem sido adotada pelo líder do PSD, Luís Montenegro, que “só consegue fazer política criticando tudo e todos” e na lógica “do quanto pior melhor”.
“Até o ‘bota-abaixismo’ na política tem de ter os seus limites. E parece até que as vitórias de Portugal são hoje as derrotas do PPD/PSD”, afirmou.
O dirigente socialista deixou ainda um apelo para que se “recupere o sentido de Estado, de preservação e de valorização do interesse público e do interesse nacional”.