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“Inverter a emigração dos jovens é uma causa que tem de mobilizar todos os portugueses” …

“Inverter a emigração dos jovens é uma causa que tem de mobilizar todos os portugueses” …

“Há uma enorme diferença entre a liberdade de circular e a necessidade de emigrar” afirmou o secretário-geral do PS, perante uma plateia de jovens, na Cidade Universitária numa iniciativa da JS neste último sábado.

“Esta é uma causa que nos tem de mobilizar porque o país perdeu investimento, o país perdeu emprego, o país andou 15 anos para trás, em matéria de criação de riqueza, nós dizíamos que tínhamos recuado uma década, mas com os números de sexta-feira revelados pelo INE, sobre a brutalidade da recessão em 2012 e em 2013, nós não recuamos uma década, recuamos 15 anos”, disse António Costa,

“Acabei o meu curso há 30 anos. Andar 15 anos para trás é metade da minha vida ativa. É uma dimensão enorme, o que este Governo fez de retrocesso do país em quatro anos. Não podemos deixar que isto continue. Há aqui uma pescadinha de rabo na boca, um ciclo vicioso que temos de romper”, afirmou o secretário-geral do PS.

António Costa afirmou que temos de ser proactivos nas politicas de emprego dirigidas à juventude, visando a modernização das empresas, a modernização da administração pública, na criação de melhores condições de acesso à habitação aos jovens, investir de novo na ciência e educação como prioridade e inverter o paradigma da lógica de empobrecimento, porque não é empobrecendo que nós nos desenvolvemos, esta política de empobrecimento só tem um efeito, perdemos as pessoas mais qualificadas e as pessoas que querem e têm a legitima ambição de viverem melhor e de viverem de uma forma digna.

O secretário-geral do PS propôs várias mediadas para mudar as actuais políticas e o actual paradigma que obriga os jovens terem de emigrar: que as verbas mobilizadas da garantia jovem e outras verbas devam ser usadas numa politica activa de emprego, que vise criar empregos efectivos e de qualidade para os jovens licenciados nas empresas que precisam de aumentar a sua produtividade, designadamente as empresas mais expostas à concorrência e exportação; Criação de um programa de reabilitação urbana que permite criar casas para arrendar a preços acessíveis, com a mobilização de verbas dos fundos comunitários para a eficiência energética e a mobilização do fundo de estabilização financeira da segurança social para investimento em prédios de rendimento; Criação da Rede Portugal Global, uma rede que permita que as universidades portuguesas mantenham o contacto com os investigadores que estão noutras universidades, que as empresas mantenham o contacto com os jovens que estão lá fora a trabalhar noutras empresas que podem desta forma ser boas pontes para a mobilização de investimento estrangeiro em Portugal, esta rede contará também o importante papel das autarquias, as autarquias devem ser agentes desta estratégia porque conhecem bem para onde foram os seus, e as terras do seu acolhimento; Reconhecimento das qualificações que os jovens licenciados obtenham lá fora, que os que emigraram nos últimos 3 anos possam beneficiar de um regime de benefícios fiscais quando quiserem regressar ao país.

António Costa quis deixar uma ultima palavra para quem partiu: “Temos de nos manter em contacto”