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Martin Schulz agraciado com Grã-Cruz da Ordem da Liberdade

Martin Schulz agraciado com Grã-Cruz da Ordem da Liberdade

O antigo presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, foi ontem agraciado em Lisboa com a Grã-cruz da Ordem da Liberdade, atribuída pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, distinguindo “um bom amigo de Portugal” e o seu contributo na defesa dos valores europeus.
Martin Schulz agraciado com Grã-Cruz da Ordem da Liberdade

A cerimónia, que decorreu no Palácio de Belém, contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, tendo o líder do Executivo socialista vincado uma palavra de apreço pela ação de Schulz, não só como uma personalidade preponderante na defesa do espírito do projeto europeu, mas também pela amizade que sempre manifestou pelo nosso país.

“Destaco e agradeço o seu inestimável contributo na defesa dos valores europeus e como amigo de Portugal”, referiu António Costa.

No mesmo sentido, também Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de elogiar “um bom amigo de Portugal”, destacando o seu papel em defender os princípios europeus, em particular quando Portugal atravessou momentos de dificuldade, assim como o seu trabalho durante a crise de refugiados.

“Martin Schulz fez muito para defender os valores da liberdade, democracia e direitos humanos. Estes valores representam o melhor da Europa e é por eles que temos de continuar a lutar”, afirmou o chefe de Estado.

“Ficou ao lado destes valores quando na Europa muitos desistiram a favor do nacionalismo e da discriminação. Como presidente foi sempre verdadeiro para com estes valores, garantindo que se refletem no projeto europeu através da solidariedade, coesão e convergência. Princípios que são a alma da União Europeia, mas que muitos esquecerem”, acrescentou.

Martin Schulz mostrou-se orgulhoso com a distinção e confessou a sua admiração por Portugal, a sua cultura e a sua história.

“Sou um europeu muito convicto, que também estou convencido do futuro de Portugal. É preciso conhecer os países pela sua cultura e história e este país deu importante contributo para a identidade europeia”, salientou.

Na sua intervenção, Schulz manifestou preocupação com a dupla ameaça com que a Europa está a ser confrontada, “pelos que a querem destruir por dentro e pelos que querem destruir por fora”, sustentando que defender a Europa “é defender uma ideia”, em que os países e as nações “trabalhem para além de todas as fronteiras”.

“O fim das fronteiras foi o grande sucesso da Europa e temos que lutar contra quem quer construir novas fronteiras”, concretizou.

Estiveram também presentes, em sinal de apreço por Martin Schulz e pelos valores que defendeu nas instituições europeias, os ex-deputados ao Parlamento Europeu, António Correia de Campos, Edite Estrela e Rui Tavares, o atual deputado europeu Paulo Rangel e a deputada socialista Margarida Marques.

A Ordem da Liberdade, atribuída pelo Presidente da República, destina-se a distinguir serviços relevantes prestados em defesa dos valores da Civilização, em prol da dignificação da Pessoa Humana e à causa da Liberdade.

Martin Schulz foi presidente do Parlamento Europeu de janeiro 2012 a janeiro de 2017, tendo recebido a distinção pelo seu papel em favor da liberdade e da democracia no decorrer das suas funções.