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Saúde abre novas convenções para hemodiálise

Saúde abre novas convenções para hemodiálise

Saúde abre novas convenções para hemodiálise

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, afirmou que vão ser criadas novas convenções com prestadores para a área da hemodiálise, esperando já nos próximos meses a entrada de quatro a seis novas adesões em zonas do País ainda carenciadas.
Em declaração à agência de notícias Lusa, Francisco Ramos referiu que esta medida visa colmatar a limitação do setor público na prestação deste tipo de tratamentos ainda que fique, por enquanto, «muito concentrada» em poucas entidades.
Segundo o Secretário de Estado, atualmente, cerca de 80% das sessões de diálise são feitas por entidades convencionadas. Francisco Ramos refere, contudo, que a entrada de novos prestadores deve ser «controlada».

Apostar na proximidade para minimizar o esforço dos doentes
Neste âmbito, existem já propostas concretas de candidatos privados interessados em aderir ao sistema de convenções «em zonas geográficas que ainda são carenciadas de oferta, afirmou o Secretário de Estado, acrescentando que «não faz sentido estar a proliferar unidades de hemodiálise por esse País fora» mas sim «ir adaptando a oferta às necessidades».
O objetivo é que os doentes tenham acesso a programas de hemodiálise «em proximidade», minimizando o desconforto das deslocações que têm de fazer para realizar os tratamentos.

Melhorar a oferta
Apesar de ser ainda necessário o parecer da Entidade Reguladora da Saúde, O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde prevê que o processo possa estar concluído no prazo de dois meses.
Francisco Ramos referiu ainda que reduzida capacidade de resposta do setor público na área da hemodiálise tem de se ir «corrigindo com o tempo», com uma melhor oferta.
«É importante haver equilíbrio entre a oferta pública e privada, até para poder regular melhor o funcionamento. Mas a avaliação e informação existente mostram que os cuidados prestados pelas entidades privadas são perfeitamente satisfatórios e cumprem requisitos de qualidade a que nos habituámos», referiu ainda.
Em Portugal, estima-se que quase 20 mil pessoas tenham doença renal crónica e que cerca de duas mil pessoas por ano necessitem de tratamento de substituição renal – hemodiálise ou transplante renal.