Futuro da indústria Portuguesa passa pela área digital
A nova revolução industrial passa hoje, com “enormes vantagens competitivas”, pela área digital, defendeu ontem em Oeiras o primeiro-ministro perante dezenas de empresários e autarcas no encerramento de uma conferência que assinalou os 25 anos da Associação Empresarial da região de Lisboa.
António Costa esteve ontem no encerramento da conferência que assinalou os 25 anos da AERLIS – Associação Empresarial da Região de Lisboa – tendo na ocasião defendido, perante empresários, autarcas e muitas figuras ligadas ao mundo empresarial, que o futuro da indústria portuguesa vai passar, inevitavelmente, pela área digital.
Neste sentido, o primeiro-ministro sublinhou as “vantagens competitivas” que Portugal dispõe, realçando, por um lado, a “excelência dos seus recursos humanos”, que o país “formou nas últimas décadas”, para além das modernas e “magníficas infraestruturas de comunicação”.
Apostar no desenvolvimento de ‘start ups’ tecnológicas, defendeu António Costa, é hoje “tão ou mais importante” como apostar na “transferência do conhecimento” e na capacidade de inovação dos setores tradicionais, recordando que Portugal sempre apresentou bons resultados quando enveredou pelo caminho da inovação.
Défice mais baixo da democracia portuguesa
O primeiro-ministro referiu-se ainda aos dados económicos, lembrando que, ao contrário das previsões da direita e da maior parte das principais organizações internacionais, o défice das contas públicas portuguesas, em 2016, não foi além de 2,1% do produto, “o mais baixo desde há 42 anos”, tendo sido possível compatibilizar este resultado, como salientou, “com a diminuição da carga fiscal e com o aumento do rendimento das famílias”.
António Costa abordou ainda o Programa Nacional de Reformas, que considerou ser um documento “essencial para a execução de políticas a médio prazo”, sustentando que os bloqueios estruturais que a economia portuguesa ainda enfrenta apenas poderão ser ultrapassados “com a visão das políticas mais amplas defendidas pelo Governo”.
À saída e perante a insistência dos jornalistas sobre a polémica levantada pela oposição de direita sobre a Caixa Geral de Depósitos, o primeiro-ministro remeteu o assunto para a nota do Presidente da República, afirmando que o “assunto acabou na segunda-feira”.
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