“Os portugueses sabem bem quanto vale o seu Serviço Nacional de Saúde”

Adalberto Campos Fernandes deu uma entrevista à RTP, no passado dia 12.10.2016, e teve a oportunidade de esclarecer que a realidade do Serviço Nacional de Saúde não está refletido na “imagem preocupante” dada pelas ordens do setor, embora concorde que “há muitos anos, e sobretudo com a inclusão da crise económica e financeira, e com o programa de assistência internacional, houve um processo de estagnação e de subfinanciamento que se tornou crónico desde 2010 para cá”.

Os sistemas de saúde nas economias evoluídas estão, normalmente, subfinanciadas devido às economias dos países que “crescem hoje, como se sabe, a um ritmo relativamente baixo – muitas delas com crescimentos negativos” pelo que se torna muito complicado “acompanharem os fatores, as pressões, que incorrem sobre um Serviço Nacional de Saúde moderno: o acesso a cuidados de saúde de qualidade, o acesso à inovação terapêutica muitas vezes disruptiva (…) e também a tendência do envelhecimento”.

O Ministro da Saúde afirmou, posteriormente, que “hoje temos um Serviço Nacional de Saúde diferente, melhor e que está em vias de recuperação” e que certamente, com o reforço do Orçamento de Estado de 2017 para a área da saúde, iremos estar melhor. “Esta é uma trajetória de uma legislatura e não se pode corrigir num ano as dificuldades e limitações que foram criadas – algumas em quatro, cinco ou seis anos e outras até a mais”.

O responsável pelos destinos da Saúde em Portugal relembrou que “Portugal é hoje o vigésimo segundo melhor país em Sistemas de saúde” ao mesmo tempo que “não somos, seguramente, a vigésima segunda economia do mundo”.

“Os portugueses sabem bem quanto vale o seu Serviço Nacional de Saúde”, concluiu.

Veja a entrevista: