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50 anos de história: PS homenageia Mário Soares e Maria Barroso

50 anos de história: PS homenageia Mário Soares e Maria Barroso

As comemorações dos 50 anos de fundação do Partido Socialista tiveram início na manhã desta quarta-feira, 19 de abril, com uma cerimónia de homenagem a Mário Soares e Maria Barroso, em que o Secretário-Geral, António Costa, evocou os seus valores pelo pluralismo, cosmopolitismo, luta pela liberdade e defesa da autonomia da esquerda democrática, que marcaram indelevelmente estas cinco décadas de existência do partido.

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António Costa, homenagem a Mário Soares e Maria Barroso

No Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, perante os filhos do fundador e primeiro Secretário-Geral, João Soares e Isabel Soares, e na presença de muitos atuais e antigos dirigentes, António Costa começou por salientar o “caráter plural” do PS desde o seu nascimento, em 19 de abril de 1973, na cidade alemã de Bad Münstereifel.

“Desde o primeiro momento, o PS foi um partido plural e, por isso, a votação da sua fundação, também não foi unânime”, disse, lembrando que Maria Barroso foi, precisamente, uma das vozes que exprimiu esse pluralismo.

No seu breve discurso, António Costa defendeu que os valores de Mário Soares marcaram até hoje “o ADN do PS”, enquanto “herdeiro da velha tradição do liberalismo português, do republicanismo e da laicidade”, lembrando que foi, também, “uma figura única e extraordinária da História Contemporânea de Portugal”.

“Mário Soares, ao longo da sua vida foi um lutador contra a ditadura”, salientou o atual líder do PS, referindo, igualmente, a sua luta “nas ruas pela autonomia da esquerda democrática em Portugal após o 25 de Abril de 1974” e o exercício das funções de primeiro-ministro, por três vezes, “sempre em circunstâncias muito difíceis da vida nacional”.

“Foram os tempos da consolidação da democracia, da aprendizagem do funcionamento do novo sistema político e de gravíssimas crises económicas e financeiras, que Mário Soares enfrentou sempre com grande lucidez, grande determinação e, em alguns momentos, com enorme incompreensão”, sustentou.

De acordo com o Secretário-Geral socialista, “Mário Soares transcendeu o PS, mas a sua personalidade marcou para sempre o ADN do partido”.

“Marcou-o na enorme tolerância de respeitar o pensamento adverso, no enorme cosmopolitismo e patriotismo, porque deu tudo pela sua pátria quando era preciso defender a liberdade e a democracia”, advogou António Costa.

Na homenagem a Mário Soares e Maria Barroso estiveram presentes o presidente do PS, Carlos César, o Secretário-Geral Adjunto, João Torres, o líder parlamentar, Eurico Brilhante Dias, entre muitos outros dirigentes e personalidades.

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