home

Zorrinho: orçamento é desumano

Zorrinho: orçamento é desumano

zorrinhoO PS advertiu hoje que a sua posição face ao Orçamento dependerá da capacidade de abertura do Governo para alterar algumas das medidas de austeridade.

Falando aos jornalistas no final de uma curta reunião da bancada parlamentar do PS, dedicada à análise da proposta de Orçamento do Estado para 2012, o líder do Grupo Parlamentar definiu a proposta orçamental do Governo como “desumana” e “iníqua” e adiantou que “A decisão sobre a votação deste Orçamento será tomada nos órgãos próprios e no momento próprio”.

Para o líder da bancada do PS, “o Governo está a pôr em prática – através do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, mas com a cumplicidade de todo o executivo – um experimentalismo teórico, académico, sem nenhuma preocupação com as pessoas ou com as empresas. Esperamos que o Governo ouça os portugueses, ouça o PS, que desde sempre tem dito que não é possível um Orçamento sem economia e sem equidade social, e ouça o Presidente da República, que quarta-feira afirmou aquilo que o PS tem vindo a defender há bastante tempo”, sustentou.

A partir de agora, o PS vai analisar como critério fundamental a capacidade de abertura do Governo para alterar algumas das suas propostas orçamentais.

“Vamos avaliar não apenas o conteúdo do Orçamento, mas também a capacidade que o Governo tiver para compreender a mensagem que a sociedade portuguesa, que o PS e o Presidente da República lhe estão a enviar” referiu.

Segundo Zorrinho, se antes se estava a avaliar “com detalhe e com sentido do interesse nacional, aquilo que era o conteúdo do Orçamento, a partir de agora, face a esta má proposta de Orçamento, face aos sinais da sociedade portuguesa, face à verificação que o PS tinha razão ao temer que o Orçamento não tivesse medidas para a economia, e face à avaliação institucional feita pelo Presidente da República, o PS passará também a avaliar a capacidade de o Governo saber ouvir os portugueses, alterando algumas das linhas orçamentais mais iníquas e mais asfixiantes”.