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Zorrinho: «O estado da Nação não é recomendável»

Zorrinho: «O estado da Nação não é recomendável»

O PS defendeu hoje que “o estado da Nação não é recomendável” e que é preciso pôr fim à estratégia seguida pelo Governo, que já ultrapassou em muito o “limite do que pode ser exigido aos portugueses”.

Carlos Zorrinho, numa conferência de imprensa na Assembleia da República, alegou que os portugueses têm a perceção de que “alguma coisa é necessário fazer, alguma coisa é necessário mudar”, porque “o estado da Nação não é um estado recomendável”.

O líder parlamentar socialista defendeu que a ação do Governo PSD/CDS-PP fez “com que o país não só não tenha atingido os objetivos que se tinha proposto do ponto de vista da consolidação das contas públicas, como ficou mais pobre e mais enfraquecido no seu capital empresarial, no seu capital social, na mobilização para a mudança”.

Carlos Zorrinho assinalou a projeção da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) de uma taxa de desemprego em Portugal de 16,2 por cento em 2013: “Essa é uma projeção feita com base no prosseguimento desta estratégia política, e esta estratégia política não pode prosseguir, porque já atingimos o limite daquilo que pode ser exigido aos portugueses. Fomos, aliás, muito para além desse limite, e ainda por cima sem os resultados pretendidos em termos da consolidação das contas públicas”.

O líder da bancada socialista disse, mais uma vez, que o PS defende um alargamento em mais um ano do prazo de ajustamento financeiro de Portugal e também “políticas concretas mais proactivas de crescimento e emprego”, como a revogação da subida do IVA aplicado ao sector da restauração de 13 para 23 por cento.

“Hoje sabemos que essa subida, não só não gerou receita, como lançou para o desemprego, até agora, 33 mil pessoas. E, se não for rapidamente corrigida, lançará muito mais gente para o desemprego”, sublinhou.

Já o vice-presidente do grupo parlamentar do PS José Junqueiro alertou para a situação de “risco de falência” de algumas instituições de solidariedade social, que disse ser causada por “défice de pagamento” da parte do Estado e poder levar a despedimentos.