O encontro entre os dois líderes decorreu à margem da segunda cimeira da Comunidade Política Europeia, que ontem teve lugar na cidade moldava de Bulboaca, junto à fronteira com a Ucrânia, um encontro no qual o Presidente Zelensky manifestou agradecimento a António Costa pela assistência que Portugal tem vindo a dar ao seu país, referindo-se à ajuda portuguesa como “extremamente importante para conter a agressão da Rússia e para restaurar a soberania territorial da Ucrânia”.
Agradecimentos que o Presidente ucraniano viria mais tarde a difundir também numa mensagem divulgada na página oficial nas redes sociais, à qual o primeiro-ministro António Costa reagiu garantindo que Portugal continuará a dar à Ucrânia todo o apoio “militar, político, diplomático e humanitário que estiver ao seu alcance”.
De acordo com António Costa, Portugal continuará a estar “lado a lado com a Ucrânia” na defesa da “sua integridade territorial e do direito internacional”, nunca perdendo de vista, como salientou, o caminho para uma paz “justa e duradoura”, garantido que não vê outro cenário possível para o desfecho deste conflito que não passe por impedir que a Rússia ganhe a guerra.
Adesão à NATO
Durante os trabalhos desta cimeira da Comunidade Política Europeia, Zelensky apelou aos aliados ocidentais para que mantenham em aberto a rápida adesão do seu país à NATO, chamando paralelamente também a atenção para a importância da Ucrânia receber, o quanto antes, caças F16 e outros meios modernos de defesa antimíssil, equipamentos que, em sua opinião, deverão também ser disseminados pelos restantes países europeus, lembrando que é preciso aumentar não só a “proteção dos céus ucranianos”, mas igualmente “de todo o continente europeu”.
Quanto ao pedido de Volodymyr Zelensky para que haja uma rápida adesão da Ucrânia à NATO, António Costa voltou uma vez mais a sublinhar que esta é uma matéria que exige um consenso geral com base numa “decisão coletiva”, e nunca em resultado de um rasgo individual de um qualquer país isoladamente, garantindo que os membros da Aliança Atlântica “estão a ultimar uma posição conjunta” sobre o futuro da Ucrânia na aliança.