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Voto no PS é escolha de estabilidade para Portugal

Voto no PS é escolha de estabilidade para Portugal

Este domingo, nas urnas, estará em causa uma escolha que definirá o que fazer com a estabilidade orçamental que a governação socialista construiu ao longo dos últimos oito anos, enfatizou o líder do PS, perante a multidão que acorreu ontem ao comício socialista de Aveiro, ocasião em que falou diretamente para quem ainda não decidiu o seu sentido de voto nas legislativas de 10 de março.

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Comício em Aveiro

“A nossa escolha, a escolha de quem vota no Partido Socialista, é aumentar salários e pensões, reforçar o Estado social”, reivindicou Pedro Nuno Santos, avisando não ser essa a prioridade da AD que, contrapôs, “escolhe sempre as grandes empresas, os de cima, uma minoria”.

Ao encerrar o comício do PS, que encheu por completo o Centro de Congressos de Aveiro, o Secretário-Geral socialista reconheceu que os últimos anos foram muito difíceis para o país, numa breve alusão às crises sucessivas geradas, primeiro pela pandemia e depois pelo eclodir de conflitos bélicos na Europa e no Médio Oriente.

E admitiu haver “muitos portugueses insatisfeitos, que sentem que a sua vida não ata nem desata”, a quem Pedro Nuno Santos deixou um forte apelo para que ninguém se deixe enganar pelo “ilusionismo da direita”.

Defendeu, assim, que o PS soube sempre estar à altura dos enormes desafios que se foram apresentando, optando por “uma gestão responsável das dificuldades”.

Já o PSD, alertou o candidato socialista a primeiro-ministro, “faria de forma totalmente diferente”, como faz na crise em que era governo.

Interrompido várias vezes pelas ovações da assistência, Pedro Nuno Santos contrapôs o sentido de comunidade, que é “inegavelmente inerente aos socialistas”, com a lógica liberal preconizada pela direita.

“Para a AD e para a Iniciativa Liberal, os salários são um empecilho, mas para o PS representam um estímulo à economia e não é tema que apareça só na campanha eleitoral”, explicou, reiterando que “a governação socialista veio provar que os salários podem crescer”.

“Temos de exigir que em Portugal se pague melhor”, prometeu, antes de pedir que “nenhum pensionista fique em casa no domingo”.

“Nas pensões, ao contrário da AD, não temos de nos reconciliar com os mais velhos, não os enganámos e porque com eles sempre tivemos e mantemos uma relação de confiança”, atirou, acrescentando que “um país decente é aquele que respeita os mais velhos”.

Neste ponto, voltou a frisar que a melhor solução para os portugueses não está na AD, no PSD, nem nos seus parceiros envergonhados.

“É o regresso ao antigamente”, sustentou, lembrando o que foi feito durante a governação de Pedro Passos Coelho, em coligação com o PP de Paulo Portas.

“Fizeram-no com convicção, indo além da troica. Fizeram cortes e ainda queriam mais cortes”, acusou, afiançando que o PS está apostado em que “todas as gerações trabalhem e avancem em conjunto”.

“Queremos que confiem no PS. Confiem em mim para continuarmos a avançar em conjunto”, apelou, reafirmando igualmente o discurso do PS sobre as mulheres, que, observou, “não é colado, dito através de umas notas escritas por um assessor”, como no caso da AD.

“Queremos que as mulheres tenham mais direitos para progredirem e para se emanciparem. É isto em concreto que também votamos” no domingo, advogou.

Rostos do passado da AD fazem temer o pior

No seu discurso, Pedro Nuno Santos dedicou ainda palavras de homenagem ao já falecido secretário de Estado da Administração Fiscal e professor universitário Fernando Rocha Andrade, e agradeceu as presenças no comício de Aveiro do antigo ministro António Vitorino e da presidente da Associação Portuguesa de Reformados (APRE), Maria do Rosário Gama.

Aproveitando a referência que Vitorino fizera momentos antes à circunstância de o próximo primeiro-ministro ser muito provavelmente do distrito de Aveiro, o líder socialista, natural de São João da Madeira e também cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Aveiro nestas eleições, aproveitou para realçar uma diferença em relação ao presidente do PSD que, sendo natural de Espinho, é no entanto, cabeça de lista da AD por Lisboa.

“Dos dois, só um é candidato por Aveiro e não trocou a sua terra por Lisboa – e é esse que vai ganhar. Somos um partido de pessoas que têm orgulho nas suas origens. Cada um deve ter orgulho na terra de que é e da terra de onde vem”, assinalou o secretário-geral do PS, recebendo muitas palmas.

A terminar, e em alusão à propagandeada presença de Cavaco Silva, hoje, nas últimas ações de campanha de Luís Montenegro, Pedro Nuno Santos disse apenas que “cada dia de campanha que passa, cada novo rosto que apresenta, a AD faz temer o pior”.

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