Voto eletrónico presencial robustece a democracia representativa
Intervindo no debate sobre Democracia Eletrónica na Europa, o deputado português salientou que face à reconfiguração dos modelos de funcionamento das sociedades democráticas, pela adoção das novas tecnologias de informação e comunicação, “os processos colaborativos são cada vez mais facilitados e isso tem que ter consequências nas opções para facilitar a participação dos cidadãos na vida cívica e política.”
“A aceleração tecnológica não pode por em causa os valores fundamentais da democracia representativa. Pelo contrário, a tecnologia deve ser usada para os fortalecer”, sustentou, por outro lado, Carlos Zorrinho, destacando três dimensões fundamentais desta temática: a qualificação dos cidadãos para a sociedade digital; a transparência e a equidade no acesso à informação relevante; e a possibilidade de voto eletrónico presencial.
“Qualificar os cidadãos para a sociedade digital é decisivo para evitar uma dupla exclusão na participação política ativa”, considerou o deputado, que também defendeu a promoção do “acesso a informação e fiável” como sendo “condição de equidade determinante para a formação da opinião e a livre expressão das escolhas”.
“Instalar sistemas de votação presencial que tenham em conta a mobilidade na sociedade de hoje, permitindo a votação eletrónica segura no local mais conveniente para o eleitor é uma forma de reduzir a abstenção nas eleições e tornar mais robusto o sistema representativo”, concluiu Carlos Zorrinho.