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Voto contra da AD à ida dos cinco principais bancos à AR prejudica os portugueses

Voto contra da AD à ida dos cinco principais bancos à AR prejudica os portugueses

O deputado Carlos Pereira admitiu que o Grupo Parlamentar do PS recebeu com “incredulidade” o voto contra da AD e do Chega ao requerimento do Partido Socialista para ouvir os cinco maiores bancos portugueses na Assembleia da República, na sequência do processo ‘Cartel da Banca’.

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Em declarações à comunicação social no final da reunião da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, Carlos Pereira recordou que, entre 2002 e 2013, diversos bancos a operar em Portugal, incluindo as principais instituições bancárias nacionais, estiveram envolvidos em práticas de troca de informação sensível, nomeadamente sobre spreads, condições de crédito e volumes de negócio, algo que a Autoridade da Concorrência e o Tribunal Europeu consideraram uma infração grave à legislação da concorrência, aplicando em 2019 coimas no valor global de 225 milhões de euros.

“Houve cartelização, ou seja, ilegalidades entre os bancos, prejudicando fortemente os consumidores”, vincou o socialista, que reforçou que viu o voto contra “com surpresa e até algo de incredulidade”.

Carlos Pereira deixou claro que “este voto não é um voto contra o Partido Socialista, é um voto contra os portugueses, contra aqueles todos que, em Portugal, ficaram incrédulos com a circunstância de 11 bancos terem combinado spreads entre si, terem prejudicado os consumidores e, no fim do dia, não terem pago nada”.

“Do ponto de vista do Partido Socialista, era importante que os cinco maiores bancos pudessem vir falar do que se passou e, sobretudo, dizer se mudaram de práticas”, sustentou.

O deputado do PS comentou que existe “uma certa desconfiança no sistema financeiro que este facto veio aprofundar”.

Carlos Pereira afirmou não saber se a posição do PSD “é para poupar a vida aos bancos, mas de certeza que não é para poupar a vida aos portugueses”.

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