Vitória do PS dá força à mudança no país
Falando em conferência de imprensa, a Secretária-geral adjunta socialista foi clara ao afirmar que o PS atingiu com estas eleições autárquicas “todos os seus objetivos”, aumentando o número de câmaras conquistadas e de juntas de freguesia, obtendo mais votos em 16 dos 18 distritos do continente e na Região Autónoma dos Açores, para além de ter sido também o partido mais votado nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, uma enorme vitória que permitiu, como realçou a dirigente socialista, que o PS voltasse a reconquistar as lideranças da ANMP e da Anafre.
Para a dirigente socialista, estas autárquicas traduzem uma vitória ainda mais notável uma vez que o partido deu o seu apoio a quatro listas independentes vitoriosas, Anadia, Aguiar da Beira, São João da Pesqueira e Calheta, na região autónoma da Madeira, o que para a Secretária-geral adjunta significa claramente que os socialistas “estiveram envolvidos em 165 listas vencedoras”.
Trata-se, pois, para Ana Catarina Mendes, de uma grande vitória do PS, a maior de sempre em autárquicas, e por isso mesmo, como salientou, “uma vitória histórica que ninguém pode contestar”, mas uma vitória que é também o “melhor resultado de sempre na história do Poder Local democrático de qualquer partido”.
Depois de se congratular com a “ligeira redução da abstenção” verificada nas eleições de domingo, a Secretária-geral adjunta fez questão de mencionar que o PS venceu em vários municípios que “até agora não tinham mudado de cor partidária”, fazendo ainda uma referência ao que horas antes o Secretário-geral, António Costa, tinha afirmado, quando nomeou o PSD como o partido que sofreu “uma derrota estrondosa”.
Ana Catarina Mendes alertou ainda para não se confundir vitórias locais, “que são mérito dos nossos candidatos”, com análises nacionais, por muito “tentadores que estas possam ser”, referindo que a leitura aconselhável a retirar destas eleições é que esta “vitória retumbante do PS” vai permitir “dar força à mudança que iniciámos há dois anos no quadro parlamentar” com o BE, PCP e Verdes.