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Vítor Gaspar “é incompetente” e Passos Coelho “deve ser sério”

Vítor Gaspar “é incompetente” e Passos Coelho “deve ser sério”

O PS prometeu hoje “oposição total” ao Governo caso tencione aplicar as medidas previstas no relatório do FMI, considerando que o ministro Vítor Gaspar é “um incompetente” e que o primeiro-ministro “deve ser sério”.

O vice-presidente da bancada socialista José Junqueiro teceu estas críticas durante uma declaração em que adiantou que o tema do Estado Social será central nas Jornadas Parlamentares do PS, que estão marcadas para segunda e terça-feira em Viseu.

“As Jornadas Parlamentares do PS serão uma oportunidade excelente para dizer ao Governo que o relatório do FMI, que pretende devastar o Estado Social, não tem qualquer fundamento. Dizemos ao Governo que não tem qualquer legitimidade [para o concretizar], porque não submeteu a sufrágio público nenhuma das medidas –e nenhuma das medidas consta do memorando da troika”, advogou.

Segundo José Junqueiro, o relatório do FMI “considera como financiamento do Estado o ordenado de cada um, a pensão de cada um e o despedimento dos funcionários públicos”.

“O PS não aceita esta atitude do Governo, não aceita este esmagamento das pessoas e do Estado social. Se o Governo insistir em executar essas medidas, terá a nossa oposição total”, asseverou.

O deputado socialista sustentou que, na sequência da divulgação do relatório do FMI, “está em causa um novo programa do Governo e algo que não está no memorando” subscrito pelo Estado português em 2011.

“O Governo está a olhar para o Estado Social, está a olhar para cada um de nós, para a nossa carteira, para o nosso salário, para a nossa pensão e para o subsídio de desemprego e diz que isso é que financiará a incompetência do próprio Executivo”, afirmou.

José Junqueiro criticou, ainda, Vítor Gaspar e Pedro Passos Coelho: “O ministro das Finanças é um incompetente, o primeiro-ministro é uma pessoa inexistente e nós portugueses não temos de pagar essa incompetência”.

“Digo ao primeiro-ministro que deve ser sério, que deve apenas cumprir aquilo que assumiu cumprir perante os portugueses. Um primeiro-ministro sério, um primeiro-ministro responsável politicamente não pode dizer uma coisa aos portugueses e agora, nas suas costas, sem ser sufragado para tal, estar a fazer exatamente o contrário”, acrescentou.

O vice-presidente da bancada socialista falou, também, em divisões dentro do PSD e da maioria governamental na reação à divulgação do relatório do FMI, dando como primeiro exemplo o facto de o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, ter pedido a demissão do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas.

“Significa que estão a dar trocos entre si. E quando o CDS diz que nada tem a ver com o relatório e que isto apenas são propostas, então percebemos que há uma fragilidade na coligação”, alegou.