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Visita aos Açores afirmou solidariedade e parceria

Visita aos Açores afirmou solidariedade e parceria

O novo patamar de relacionamento entre a República e a Região Autónoma dos Açores resulta de “uma visão conjuntamente partilhada pela totalidade dos membros do Governo e responsabiliza todos nos termos do Programa de Governo”. A garantia foi dada por António Costa, no final da segunda jornada da sua visita de três dias ao arquipélago açoriano.

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As hossanas ao SNS

Segundo o chefe do Executivo nacional, “nesta visita afirmaram-se as ideias fundamentais de solidariedade e parceria, sobretudo no desenvolvimento das potencialidades económicas e científicas do mar”.

Numa conferência de imprensa conjunta com o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, o governante sublinhou que a presença de sete ministros (Negócios Estrangeiros, Defesa Nacional, Adjunto, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Saúde, Planeamento e Infraestruturas e Mar) e da secretária de Estado do Turismo, mostra bem “o peso político” que atribuiu a esta visita oficial aos Açores.

E afirmou-se como um “autonomista militante” no plano político, enquanto Vasco Cordeiro fez questão de sublinhar que o encontro superou as expetativas, “não só por aquilo que ficou decidido e concretizado”.

Da declaração conjunta, que contém a matéria acordada entre os governos da República e dos Açores, Vasco Cordeiro apontou progressos em áreas como o policiamento, a construção de uma nova prisão em Ponta Delgada e o apoio à investigação científica.

Depois, elogiou António Costa, dizendo que o primeiro-ministro “tem uma consciência lúcida daquilo que são os desafios com que a Região Autónoma dos Açores está confrontada no momento presente”.

Cooperação científica é boa alternativa

Antes, numa visita ao Observatório de Investigação Climática do Atlântico Norte – estação de investigação científica que funciona em cooperação com o Departamento de Energia dos Estados Unidos e que estuda o fenómeno de formação das nuvens a partir da interação do oceano com a atmosfera, o primeiro-ministro António Costa considerou que os Açores, tendo uma posição central no Atlântico Norte, devem assumir-se como plataforma científica internacional em áreas como a meteorologia, vulcanologia e oceanografia, reorientando a sua cooperação com os Estados Unidos.

António Costa defendeu a ideia de que a cooperação científica constitui “uma boa alternativa” em relação à tradicional cooperação militar entre os dois países, tendo como base os Açores.

“Pode ser uma grande oportunidade para o desenvolvimento da cooperação com os Estados Unidos. Aproveitando instalações já existentes, deve haver uma reorientação da cooperação para outras áreas. Em matéria de estudo de fenómenos como as alterações climáticas, os Açores têm um posicionamento geográfico único – e esta é uma nova oportunidade que importa trabalhar em conjunto”, defendeu ainda o primeiro-ministro.