Vieira da Silva anuncia novos programas de apoio à criação de emprego em outubro
Vieira da Silva anunciou ontem, em Ribeira de Pena, que em outubro haverá novos períodos de candidaturas aos programas de apoio à criação de emprego, que estão suspensos e vão sofrer alterações.
Vieira da Silva foi questionado pelos jornalistas sobre a suspensão dos programas de contratação de desempregados e as alterações previstas ao modelo de políticas ativas de emprego e informou que o Governo já apresentou aos parceiros sociais o novo modelo e afirmou que, “seguramente, no início do mês de outubro haverá novos períodos de candidaturas a apoios à contratação e estímulos ao emprego” aproveitando para referir que estes programas de apoios ir-se-ão processar “num modelo que tem algumas diferenças relativamente ao que existia até agora, mas que garantirá que não haja nenhum período de hiato entre o que eram os apoios do passado e o que vão ser os apoios do futuro”, afirmou, à margem da inauguração da Casa da Cultura/Museu Escola, de Ribeira de Pena.
Essas mudanças, segundo o ministro, visam “tornar os apoios mais direcionados no sentido de criação de emprego efetivo, estável, de integrar alguma seletividade, ou seja de apoiar mais os melhores projetos, de haver períodos bem definidos em que as empresas podem candidatar e as pessoas podem ter acesso a esses apoios”. Serão também, acrescentou, incluídas “algumas majorações, algumas melhorias para regiões com mais dificuldade de criação de emprego”. Vieira da Silva fez questão de salientar que “vão continuar a existir esses apoios ao emprego e aos estágios profissionais” e negou que as alterações tenham como objetivo corresponder às metas de Bruxelas. “Estas alterações são feitas para corresponder aos objetivos do programa económico e social do Governo”, sustentou.
Comentando o estudo do BCE, que diz que depois da ‘troika’ ficou mais fácil despedir em Portugal, o ministro considerou que não são conclusões “muito surpreendentes”, acrescentando que “é altura de agora unirmos esforços para inverter essa tendência e isso está a acontecer”. Segundo Vieira da Silva, “nos últimos meses foram criadas algumas dezenas de milhares de postos de trabalho em termos líquidos, ou seja mais postos de trabalho do que aqueles que existiam”.