Venezuela: Governo admite preparar planos para apoio a portugueses que queiram
Questionado em Bucareste, na Roménia, à margem da reunião informal dos ministros da Defesa da União Europeia (UE), sobre se há algum plano para retirar portugueses e lusodescendentes que queiram sair do país com ajuda das forças militares, João Gomes Cravinho frisou que “isso ainda não está em cima da mesa”.
“Atualmente, isso não está em cima da mesa. Naturalmente que, se a situação o justificar, teremos de ter planos para tal”, referiu o governante, falando aos jornalistas em Bucareste, na Roménia, à margem da reunião informal dos ministros da Defesa da União Europeia (UE).
Questionado sobre uma possível ajuda para a saída de portugueses ou de lusodescendentes da Venezuela, dada a crise política e social no país, João Gomes Cravinho assinalou que esta “é uma matéria que tem sido discutida de forma hipotética, com outros países também, mas, por enquanto, não há nenhuma circunstância que justifique acionar”.
Estas “impressões” foram trocadas com países como França, Espanha e Itália, com os quais Portugal trabalha “de forma muito próxima”, por serem geograficamente perto e por terem a mesma “forma de trabalhar”, adiantou o responsável português da Defesa.
“Não há, neste momento, nenhum planeamento concreto, mas, naturalmente, que se se justificasse estaríamos em contacto com esses países para trabalhar em conjunto”, reforçou João Gomes Cravinho, notando que isso também aconteceria com crises semelhantes “noutras partes do mundo”.
A reunião informal dos ministros da Defesa da UE ocorre numa altura de impasse na Venezuela, nomeadamente após o ultimato europeu para eleições naquele país.