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Vencer o défice do conhecimento e da educação é o maior desafio do país

Vencer o défice do conhecimento e da educação é o maior desafio do país

O maior défice que o país hoje enfrenta e que precisa de ultrapassar rapidamente, “não é o das finanças, mas o da educação, da formação e do desconhecimento”, defendeu, ontem no Porto, António Costa.

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Vencer o défice do conhecimento e da educação é o maior desafio do país

O primeiro-ministro afirmou ontem no Porto, durante a entrega dos prémios Manuel António da Mota, no Palácio da Bolsa, que o maior défice que Portugal sente e com que se debate, já não é o das finanças, como referiu, mas sobretudo o défice que “acumulámos de ignorância, de desconhecimento, de ausência de educação, de formação e de preparação”.

São estes “défices históricos” que, na opinião de António Costa, Portugal precisa “saber vencer” e de ultrapassar, para que dentro de poucos anos possa equiparar-se com os “melhores dos melhores”, uma ambição que segundo o líder do Executivo o país precisa de concretizar o mais rápido possível.

Têm sido aliás no sentido de ir ao encontro deste objetivo, de tornar Portugal um país com índices de conhecimento mais alargados, que o Governo tem vindo a levar a cabo um conjunto de novas políticas educativas, destacando a este propósito António Costa a “diminuição do número de alunos por turma e a flexibilização dos currículos em cada agrupamento”, sendo esta, em sua opinião, a melhor forma de ganhar cada vez mais crianças para o ensino, mas também, como acrescentou, para o “estudo e para a promoção do sucesso escolar”.

Erradicar a pobreza

Outro dos temas que continuam a constituir um desafio no quotidiano do país, e que tem criado muitos obstáculos a Portugal para que possa enfrentar de forma mais decidida e célere o problema do seu défice de conhecimento e de educação, tem a ver com os elevados níveis de pobreza que ainda se verificam, o que obriga, como sublinhou o líder do Executivo, a uma reflexão séria sobre esta problemática, assinalando que o atual Governo tem lançado um conjunto de novas políticas com o objetivo de “erradicar a pobreza”, eliminando, designadamente, os “fatores de exclusão social”.

Para o primeiro-ministro, os elevados níveis de pobreza em Portugal, sendo, como reconheceu, uma “herança secular”, que “a crise dos últimos anos agravou”, é contudo uma herança, como defendeu, a que “temos que dar resposta”, lembrando que o crescimento económico registado este ano, “bem como o aumento da criação de emprego”, ajudaram a criar valor, permitindo “partilhar o rendimento entre todos”.

Segundo António Costa, “é este sentimento de justiça” que permite reduzir e eliminar fatores de “exclusão social e erradicar a pobreza”, destacando a este propósito os dados recentes do INE que referem que a taxa de privação material teve a “maior redução entre crianças e jovens”, defendendo o primeiro-ministro ser “crucial dar continuidade à redução da pobreza”, não só entre os mais novos, “que é a primeira condição para não estar a reproduzir uma nova geração de pobreza”, mas estendê-la a todos, aumentando e melhorando o rendimento disponível das famílias, para “inverter esse ciclo de pobreza que mina o país”.

Reduzir a pobreza e aumentar a qualidade de vida das famílias passa também, como aludiu, por “mais e melhores salários”, tendo ainda considerado o líder do Governo que o contributo do salário mínimo nacional é um dos instrumentos mais decisivos para alcançar este objetivo, pelo número particularmente alargado de trabalhadores que abrange.