Falando na apresentação da lista de candidatos socialistas pela ilha Terceira, nas eleições regionais do próximo dia 4 de fevereiro, Vasco Cordeiro criticou o Governo Regional da coligação PSD/CDS/PPM, apontando que este foi um governo que “fez menos, tendo muito mais dinheiro disponível”.
O candidato do PS a presidente do Governo Regional realçou que “durante os Governos do PS, a taxa de risco de pobreza foi progressivamente melhorando”, mas que, com este “desgoverno da coligação”, os Açores “voltaram ao triste pódio da região mais pobre do país”.
Vasco Cordeiro lembrou que este Governo da coligação está a desperdiçar as oportunidades que os fundos comunitários conferem à Região, que deveriam ser “aproveitados e transformados em desenvolvimento, em progresso social, em reforço da competitividade da nossa economia, de apoio às nossas empresas, de melhoria da qualificação dos jovens açorianos, dos trabalhadores açorianos”.
“É preciso ter um Governo Regional que esteja à altura da capacidade empreendedora, do dinamismo, da garra e da vontade dos terceirenses”, frisou.
O presidente do PS/Açores salientou ainda que o atual executivo se limitou a “concluir obras que foram lançadas, projetadas, e cujo financiamento foi assegurado pelos governos regionais do PS, não tendo pejo algum em reclamar essas obras como se fossem suas”, como é o caso da obra do Porto das Pipas, mas também “o lançamento do sistema de armazenamento de energia da Ilha Terceira, a casa de acolhimento residencial de crianças e jovens da Santa Casa da Misericórdia da Praia”, obras cujo mérito foi reclamado pelo executivo PSD/CDS/PPM.
“A coligação negativa do PSD/CDS/PPM formou-se apenas para impedir o PS de formar governo em 2020. Votar em qualquer um destes partidos significa continuar com o desnorte e com a desgovernação que marcaram os últimos três anos, em que houve uma degradação da situação social, económica e até das instituições”, salientou o socialista.
Vasco Cordeiro afirmou, depois, que a sua candidatura a estas eleições tem uma motivação clara: “Porque os Açores necessitam de recuperar a confiança num Governo que faz andar e não que faz atrasar”.
“Candidato-me pelos Açores, candidato-me por todas e por cada uma das nossas ilhas, porque os Açores necessitam de recuperar a confiança num Governo que honre os seus compromissos perante os cidadãos e perante as instituições, sejam elas empresas, associações, clubes desportivos ou filarmónicas”, vincou.
Governo do PS irá investir em mais creches
No périplo que o levou também à ilha do Faial, Vasco Cordeiro garantiu que “com um governo regional do PS haverá um investimento claro na criação de mais creches nos Açores”.
“Torna-se necessário investir na criação de novas creches, investir na criação de mais capacidade para evitar uma situação que já se verifica em algumas das nossas ilhas, de pais que têm de prescindir do seu emprego porque não têm ninguém, nem têm nenhuma estrutura de apoio onde deixar os seus filhos”, frisou o presidente do PS/Açores, falando à saída de uma visita a uma creche na cidade da Horta.
Vasco Cordeiro assumiu o compromisso do Partido Socialista de “realizar esta aposta para o aumento da capacidade de creches” através de um “investimento na criação de novas valências e de novas disponibilidades”.
O socialista congratulou a decisão do Governo da República de atribuir creches gratuitas, considerando-a “importante e útil” e destacando que esta medida tem o seu financiamento “assegurado com verbas da Segurança Social que vêm da República”.
“Esta medida é boa, é útil, mas a Região tem de fazer a sua parte e investir em mais creches para acolher todas as crianças Açorianas, porque aquilo que se tem verificado por toda a Região é a existência de grandes listas de espera para a frequência destas valências”, sinalizou o candidato do PS a presidente do Governo Regional.
“A falta de creches é uma das grandes necessidades que verificamos na nossa Região, na área social. É preciso aumentar a capacidade de creches nas nossas ilhas, de forma a poder apoiar os pais e incentivar a natalidade nos Açores”, acrescentou Vasco Cordeiro.