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“Vamos ter governos socialistas em 2015 tanto em Portugal como em Espanha”

“Vamos ter governos socialistas em 2015 tanto em Portugal como em Espanha”

No âmbito da Conferência da Aliança Progressista, que se realizou em Lisboa nos dias 4 e 5 de dezembro, António Costa esteve reunido com o secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez.

“Partilhamos com o PSOE um ciclo eleitoral muito intenso ao longo deste ano, visto que as eleições em Portugal são em outubro, que antecederão em um mês a vitória do PSOE em novembro de 2015. Na Península Ibérica é muito importante construirmos alternativas de Governo que traduzem o descontentamento com a governação de direita, não apenas pela via do protesto, mas também na criação de uma alternativa de Governo”, declarou António Costa.

No mesmo sentido, Pedro Sánchez disse esperar na Península Ibérica “uma grande mudança política” no final do próximo ano.

“António, são muitas as coisas que nos unem e, a partir do próximo ano, serão ainda mais: vamos ter governos socialistas em 2015 tanto em Portugal como em Espanha”, disse o líder do Partido Socialista Operário Espanhol, dirigindo-se ao Secretário-geral do PS, António Costa.

“Admiro a gestão que António Costa está a fazer como presidente da Câmara de Lisboa. Pessoas como nós que já fizeram política local sabem que a política tem de ser de proximidade, sem eufemismos, falando-se com clareza”, disse.

Pedro Sánchez e António Costa afirmaram depois que vão trabalhar em conjunto durante o próximo ano.
“Temos um problema importante de criação de emprego e é fundamental que a social-democracia articule um discurso comum”, defendeu o líder do PSOE.

“O medo do futuro é o melhor aliado de uma direita que só oferece desigualdades e resignação”, disse Sánchez, criticando a “política económica cruel que, ano após ano, leva a União Europeia ao fracasso” e o “fundamentalismo económico que traz sacrifício, desigualdade e injustiça”.

“O crescimento é o nosso grande desafio. Fazer frente a uma desigualdade que é socialmente injusta e economicamente ineficiente com uma economia de igualdade”, afirmou, depois de sublinhar que “1% população mais rica do mundo acumula 50% do rendimento” e que, “na Europa, os 20% mais ricos ganham cinco vezes mais que os 20% mais pobres”.