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“Vamos ganhar as europeias para logo a seguir ganharmos Portugal”

“Vamos ganhar as europeias para logo a seguir ganharmos Portugal”

O PS é o partido mais europeísta em Portugal, estando preparado e pronto para “lutar por uma Europa mais justa, mais inclusiva e mais próspera”, afirmou, categórico, Pedro Nuno Santos, durante a sessão de apresentação oficial do Manifesto às Europeias, que decorreu, ontem, no Parque das Nações.

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Numa intervenção em que reiterou a premissa socialista de que “só com todos podemos resolver os problemas no país e também no espaço europeu”, o Secretário-Geral do PS voltou a traçar claras linhas distintivas entre os projetos e as propostas dos socialistas, à esquerda, e a estratégia de “retrocesso” da extrema-direita, amparada pela direita tradicional.

“Enquanto a extrema-direita explora os problemas, nós apresentamos soluções. Enquanto a extrema-direita promove a divisão e o ódio, a esquerda social-democrata, os socialistas promovemos o encontro, a união”, contrapôs, afiançando de seguida que o PS não pauta nem pautará a sua ação política pela exclusão ou pelo fomento do ódio, como a direita extremada faz.

Colocando ainda a direita tradicional num patamar diferente da extrema-direita, Pedro Nuno Santos apontou, porém, responsabilidades por elas partilhadas no “perigoso” contexto atual que vivem as democracias europeias, sem exceção no caso português.

“A direita tradicional tem contribuído, com o seu discurso e com vários dos seus dirigentes, para promover um retrocesso social, económico e cultural”, criticou, garantindo ser esse “o combate que o PS também vai travar nas eleições europeias” que se realizam dentro de um mês.

Junto ao Tejo, sob a Pala do Pavilhão de Portugal e perante os candidatos socialistas e camaradas eurodeputados cessantes, Pedro Nuno Santos reafirmou o empenho do PS em “fazer a diferença” em Bruxelas, “abraçando a solidariedade e a empatia”.

Marta Temido foi testada como poucos

Para isso, vincou, “contamos com uma lista de renovação ao Parlamento Europeu, “com qualidade, com competência e com experiência política.

Essa lista, pontualizou Pedro Nuno Santos, tem “a melhora cabeça de lista” – uma mulher que “foi testada, como poucos”.

“Ao longo da vida todos somos testados, mas nem todos temos o azar de o ser como foi Marta Temido, quando era ministra da Saúde, em plena pandemia de Covid-19”, lembrou o líder socialista, elogiando também António Costa pela governação como primeiro-ministro.

“Apresentamos alguém que os portugueses conhecem, que sabem como trabalha, como lida com momentos de tensão, de incerteza, de dificuldades”, reafirmou, enaltecendo Marta Temido, para depois enfatizar que “só os socialistas portugueses e europeus travam, sem hesitação, o combate à extrema-direita”.

Neste ponto, sublinhou a importância de dar “voz única no mundo” a uma Europa “forte, solidaria e democrática”, capaz de “encontrar soluções comuns” para que “a habitação acessível seja uma realidade em todos os Estados-membros, para desenvolver uma política industrial inteligente e seletiva na Europa, para conquistar mais autonomia e assertividade na defesa e na segurança comuns, em defesa da paz”.

Insistindo em que “o verdadeiro combate ao extremismo se trava à esquerda, com o PS, em Portugal e também em Bruxelas, todos os dias”, o Secretário-Geral criticou que, no país, “a diabolização da imigração e dos imigrantes não seja feita apenas pela extrema-direita”.

“Ela tem sido feita também por dirigentes e candidatos políticos da direita tradicional em Portugal, que diabolizam a imigração e que confundem imigrantes com insegurança”, denunciou Pedro Nuno Santos, recordando igualmente que, na desvalorização da crise climática, na “agenda contra a família” e nos direitos das mulheres, as investidas da extrema-direita nacional têm sido “corporizadas por dirigentes e personalidades do PSD”.

Já na reta final da sua intervenção – que iniciara com uma emotiva homenagem “ao grande Mário Soares” no centenário do seu nascimento e pelo contributo para a democracia portuguesa e para a integração e construção do projeto europeu –, Pedro Nuno Santos sintetizou o plano de rota do Partido Socialista.

“Vamos ganhar as europeias para logo a seguir ganharmos Portugal”, assegurou.

Direita demorou 20 anos a perceber importância do CSI

Antes de concluir o discurso, o Secretário-Geral do PS, assinalou, com satisfação, a aprovação, no Conselho de Ministros de ontem, do aumento do valor de referência do Complemento Solidário para Idosos (CSI) em 50 euros e da eliminação de rendimentos dos filhos como fator de exclusão.

Recordando que o CSI é “uma das medidas mais importantes do combate à pobreza na terceira idade adotada em Portugal”, que avançou “por um Governo do PS, por ministros do PS, por um primeiro-ministro do PS e com o voto contra do PSD”, Pedro Nuno Santos agradeceu que, “ao fim de 20 anos, o PSD tenha finalmente percebido a sua importância”.

“Não estava no programa eleitoral da AD, nem estava no programa de Governo, mas os socialistas recebem esta notícia com satisfação”, declarou, dizendo que a iniciativa não partira, esta vez, dos socialistas, “porque o Governo, e bem, se antecipou ao nosso agendamento”, mas isso, rematou, “não tem mal nenhum” e “os socialistas estão felizes com isso”, porque “era e é a terceira das nossas cinco propostas para o país”.

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