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Vamos continuar a avançar nos direitos dos trabalhadores

Vamos continuar a avançar nos direitos dos trabalhadores

O Secretário-Geral do PS, Pedro Nuno Santos, participou hoje num encontro com o Mundo do Trabalho, que reuniu vários sindicalistas no Auditório do Metropolitano de Lisboa, onde defendeu que se continue a avançar nos direitos dos trabalhadores, advertindo para os “recuos” constantes nas propostas da AD em várias matérias laborais.

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Encontro com Mundo do Trabalho

“Ninguém tenha dúvidas também sobre o projeto de sempre que eles chamam de flexibilização, que é mais bonito, significa apenas desproteger, retirar direitos, na prática, diminuir a liberdade. Porque quando não há proteção laboral, há uma parte que é mais livre do que a outra”, defendeu o líder socialista.

O Secretário-Geral do PS lembrou, por exemplo, o que foi já dito e depois desdito pelo líder da AD, Luís Montenegro, sobre o corte no subsídio de desemprego.

“Provavelmente eles não sabem ou, sabendo, querem mesmo rever as prestações contributivas. O subsídio de desemprego não é nenhum favor do Estado a quem trabalha e perdeu o emprego, é um direito conquistado pelos trabalhadores”, afirmou.

Esta forma da AD ir revelando as suas propostas, “dizendo várias coisas e depois recuando no dia seguinte”, para a qual, defendeu, é preciso estar “muito atento”, viu-se também na referência de Luís Montenegro à evolução das carreiras da administração pública, ao dizer iriam depender da avaliação, da progressão, dos pontos e dos tempos.

“A primeira declaração feita exclui o tempo do seu discurso. Nós todos ouvimos. No dia seguinte, veio desdizer-se, mas o alarme ficou: quer alterar a carreira, a forma como a carreira dos professores, a progressão, acontece? Se é esse o objetivo, tem de ser assumido”, defendeu.

Para Pedro Nuno Santos, “um candidato a primeiro-ministro tem de dizer ao que vem, para que as pessoas saibam o que é que lhes pode sair na rifa”.

Cenário económico da AD é irrealista e vai significar cortes

Na sua intervenção, o Secretário-Geral do PS desafiou também o líder da AD a esclarecer os portugueses onde vai fazer cortes caso as suas previsões macroeconómicas, que não têm adesão “a nenhuma previsão de nenhuma organização internacional”, não se verifiquem.

Advertindo que a Europa já está “perante um contexto de incerteza”, com “as maiores economias europeias” a apresentarem sinais de abrandamento, Pedro Nuno Santos alertou que o problema de ter um cenário macroeconómico “irrealista”, como o apresentado pela AD, é que se colocam as taxas de crescimento que se quiser, para “conseguir encaixar todas as despesas ou reduções de impostos” prometidas, mas que depois, caso não se verifiquem, são “necessários cortes” para recuperar a perda de receita.

“O que é que acontece se aquelas previsões de crescimento, que não estão confirmadas por nenhuma organização internacional, não se confirmarem? Onde é que eles vão cortar? Esta é uma resposta que os líderes da AD vão ter de dar aos portugueses. Se não atingirmos aquela taxa de crescimento que está no cenário macroeconómico, onde é que cortam?”, interrogou, reforçando que esta explicação é necessária, “por razões de frontalidade e de transparência”, e para que todos os trabalhadores e pensionistas saibam “com o que vão contar no dia 10 de março”.

Neste encontro, no qual participaram sindicalistas como o secretário-geral adjunto da UGT, Sérgio Monte, e o secretário-geral da Corrente Sindical Socialista da CGTP, Fernando Gomes, que apelou ao voto no PS, Pedro Nuno Santos defendeu o caminho de continuar a avançar no reforço dos direitos dos trabalhadores, dando o exemplo da questão do horário de trabalho.

“Já reduzimos o horário semanal de trabalho há 26 anos. Já está na hora de nós avançarmos mais um bocadinho em Portugal”, afirmou.

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