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"Vamos apresentar um programa de Governo credível, em que as pessoas possam confiar nos …

"Vamos apresentar um programa de Governo credível, em que as pessoas possam confiar nos …

António Costa afirmou hoje que as democracias europeias atravessam uma crise de confiança e frisou que o PS apresentará um programa eleitoral com compromissos cuja exequibilidade possa merecer a confiança dos cidadãos.

O Secretário-geral do PS falava perante a Câmara do Comércio e Indústria Luso Espanhola, numa intervenção onde explicou os objetivos políticos, económicos e financeiros do documento “Uma década para Portugal”.

“Hoje, o maior desafio que se coloca às nossas democracias é a relação de confiança que se estabelece entre governantes e cidadãos – e a confiança passa designadamente pela credibilidade das propostas políticas que se apresentam. Ao fim de anos governados por modelos económicos, todos sentimos que é necessário afirmar o primado da política, mas o primado da política não se afirma se as políticas não forem sustentáveis e se não passarem no crivo da exequibilidade”, frisou António Costa

Por essa razão, disse, o PS desenhou um cenário macroeconómico, definindo a margem de exequibilidade de políticas públicas para a próxima legislatura.

O Secretário-geral explicou os motivos subjacentes às propostas do cenário macroeconómico do PS no sentido de travarem a celebração de contratos a prazo e para reduzirem a taxa social única de empregadores e trabalhadores, frisou que esse documento ainda se encontra em discussão pública, sobretudo entre parceiros sociais e agentes económicos.

“Quem assume os compromissos tem de confiar na possibilidade de os executar e, ao mesmo tempo, tem de vencer este desafio difícil de virar o quadro da austeridade, sem romper com o quadro da moeda única em que estamos inseridos e queremos continuar a estar inseridos”, acrescentou António Costa.

Perante um elevado número de empresários e gestores que participaram no evento promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-espanhola, o Secretário-geral defendeu a adoção de uma agenda comum entre Portugal e Espanha no seio da UE considerando “incompreensível” que, apesar de Portugal e Espanha já terem beneficiado de vários quadros comunitários de apoio, continuem sem resolução assuntos como as conexões das redes de eletricidade e ferroviária.

Para António Costa, Portugal e Espanha precisam de adotar uma agenda comum de cooperação mais intensa dentro da União Europeia, dando como exemplos a necessidade de o Governo de Lisboa passar a ser mais sensível às questões levantadas pela imigração (sobretudo proveniente do norte de África) e a importância de o executivo de Madrid se empenhar mais na reformulação da arquitetura da zona euro.