Valor das exportações sobe de 28% para cerca de 44% do PIB em 10 anos
“As empresas portuguesas e a economia portuguesa, no seu conjunto, estão muito mais expostas ao exterior, muito mais aberta. A intensidade exportadora da economia portuguesa passou de cerca de 28% do PIB em 2008 para 44% no final do ano passado, e o Banco de Portugal já projeta, para 2021, o momento em que as exportações podem atingir cerca de 50% do PIB”, afirmou Pedro Siza Vieira na sua intervenção.
Os dados provisórios da Pordata referem que em 2017 as exportações representaram 43,7% do PIB nacional.
Segundo Pedro Siza Vieira, a abertura da economia portuguesa está também assente no dinamismo de setores como o automóvel, o metalomecânico, o agroalimentar e o turismo.
Para Siza Vieira estes são bons exemplo dos setores que “saíram bem da crise e se revelaram quer com a aposta em pequenas e médias empresas, quer com o reforço de investimento estrangeiro”.
Pedro Siza Vieira realça uma “maior integração nas cadeias de valor internacional, um aumento do valor acrescentado nacional nas exportações”, com destaque para o setor agroalimentar, onde as empresas estão a conseguir crescer acima da procura externa, conquistando assim uma maior quota de mercado. O membro do Governo salienta ainda “o setor turístico onde o que temos visto, nos últimos anos, é uma diversificação da oferta e de mercados”.
O ministro Adjunto e da Economia evidenciou que estes progressos devem-se também ao esforço de investimento empresarial privado, acompanhado por uma redução do endividamento empresarial.
Esta realidade foi alcançada através “da aceleração dos sistemas de incentivo com fundos europeus, da criação de linhas Capitalizar, que canalizaram para o setor empresarial quase quatro mil milhões de euros, [bem como], da capacidade de alterar significativamente o sistema fiscal, no sentido de apoiar o esforço de investimento empresarial e a capitalização das empresas”.
Pedro Siza Vieira sublinhou ainda que, recentemente, a colaboração entre o Governo, o Banco de Portugal, o Instituto Nacional de Estatística (INE) e a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI) permitiu lançar um mecanismo de alerta precoce, que “visa transmitir a todos os responsáveis das empresas portuguesas uma análise quantitativa e qualitativa sobre a situação da respetiva empresa”.
Este mecanismo pode ainda alertar as empresas para sinais “de que possa entrar em algumas dificuldades no futuro”, para que possam atuar preventivamente.
O mecanismo estará disponível em breve para as empresas portuguesas.
“Portugal ficará dotado de uma ferramenta mais moderna do que mais existe em toda a União Europeia”, concluiu.