“A Efacec administra infraestruturas críticas nacionais e internacionais na área da energia e lidera dois consórcios das agendas mobilizadoras com 130 entidades, representando um investimento global de 650 milhões na transição energética e hidrogénio verde”, recordou o socialista, explicando que “estas são apenas algumas das razões pelas quais era crucial salvar a Efacec”. José Carlos Barbosa intervinha no debate de urgência requerido pelo PSD sobre a privatização da Efacec.
O deputado do PS mencionou que, “em 2020, após o escândalo do Luanda Leaks, a empresa necessitou de uma intervenção estatal”, tendo o Governo, “de forma responsável”, aprovado a nacionalização “com o apoio do PSD na época”, vincou.
No entanto, em 2022, surge um “PSD menos responsável”. “Impulsionado pela extrema-direita, o partido passou a questionar a dimensão do ‘buraco’ causado pela Efacec”, lamentou.
Dirigindo-se à bancada do PSD, José Carlos Barbosa questionou se “será mesmo um buraco salvar uma empresa com mais de dois mil trabalhadores altamente qualificados”, ou “salvaguardar inúmeras empresas parceiras da Efacec e as suas exportações de tecnologia”. “Será mesmo um buraco proteger uma empresa vital para a rede elétrica nacional?”, perguntou o parlamentar.
Ora, ao aceitar a proposta da alemã Mutares para a compra da Efacec, o Governo garantiu a manutenção da empresa “como um importante projeto tecnológico e industrial, assegurando a sua continuidade em Portugal”, salientou.
O socialista comentou que o PSD “preferiu render-se à demagogia, afirmando que não aceitam este estilo de governar, especialmente com uma empresa que custa aos portugueses mais de dez milhões de euros por mês”.
Aqui, José Carlos Barbosa voltou a questionar a bancada social-democrata: “Sabem quanto custaria ao país se a Efacec deixasse de produzir? Quanto pagaríamos a mais por equipamentos importados? Se a Efacec falisse levando atrás de si dezenas de empresas que trabalham diariamente com a Efacec?”.
“Infelizmente o PSD não fez as contas, porque o PSD prefere disputar os votos com a IL e com a extrema-direita, que querem já o fecho da Efacec”, referiu o deputado do Partido Socialista, reafirmando “com convicção” que “valeu a pena salvar a Efacec”.