Vacinação de idosos com mais de 80 anos e doentes de risco abrange 900 mil pessoas
Tal como estava atempadamente previsto pelo Ministério a Saúde, prosseguiu esta semana sem quaisquer impedimentos a vacinação nos lares de idosos onde não tinha sido ainda possível terminar o processo devido a surtos ativos, mas também a mais profissionais de saúde prioritários, começando agora igualmente a vacinação dos idosos com mais de 80 anos e de pessoas com comorbilidades de risco entre os 50 e os 79 anos de idade.
Segundo anunciou ontem a ministra Marta Temido, em conferência de imprensa no Ministério da Saúde, o processo de vacinação aos idosos com mais de 80 anos e às pessoas com patologias de risco entre os 50 e os 79 anos de idade, arranca já esta semana e vai abranger um universo de cerca de 900 mil pessoas.
De acordo com a ministra da Saúde, o processo que abrange este grupo de cerca de 900 mil pessoas “está neste momento a ser testado” num projeto piloto que abrange várias regiões do país, que começou pela região de Lisboa e que se estendeu depois às regiões Norte e Centro e, desde ontem, também ao Algarve.
Os utentes começaram já a ser contactados por mensagem SMS, como revelou o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Luís Goes Pinheiro, também presente neste encontro com os jornalistas.
O processo de convocatória por SMS “será a modalidade preferencial”, sempre que haja informação do número de telemóvel do utente no sistema, garantindo a este propósito Luís Goes Pinheiro que as “mensagens vão na altura questionar sobre a disponibilidade para se ser vacinado numa data, hora e local preciso”.
Caso não haja em tempo útil uma resposta por parte do utente, ou a resposta seja negativa, os utentes serão contactados telefonicamente pelos centros de saúde para se poder encontrar uma alternativa de agendamento, ou, na impossibilidade de contacto telefónico, “será enviada uma carta”, anunciando Marta Temido que a programação da segunda dose da vacina “será feita no momento da toma da primeira dose”.
Marta Temido sublinhou ainda que neste momento há “70 mil pessoas já com o processo de vacinação concluído entre as 340 mil que já receberam inoculações”, sendo que “270 mil apenas ainda receberam a primeira dose”.
Empenho para que casos de vacinação indevida não se repitam
Quanto aos casos ultimamente expostos na comunicação social a propósito de alguns episódios de vacinações indevidas, o Ministério da Saúde, segundo Marta Temido, “está empenhado em que esses incidentes não se repitam”, lembrando que a Direção-Geral das Atividades em Saúde “está a avaliar e a auditar semanalmente o processo de vacinação em curso”, garantindo a ministra que estes casos serão “tratados de forma adequada”, voltando a sinalizar que nada justifica que o processo de vacinação “sofra fragilidades”, manifestando um “veemente repúdio” pelo seu incumprimento.
A ministra fez anda um balanço do processo de vacinação, referindo que Portugal já recebeu “mais de 400 mil vacinas” provenientes das três farmacêuticas com que a Comissão Europeia assinou contratos, números que foram, entretanto, como anunciou, já reforçados com a chegada no dia de ontem de mais 86.580 vacinas, das quais “11.700 foram enviadas para os Açores e outras tantas para a Madeira”, estando previsto que, neste mês de fevereiro, cheguem mais duas entregas de vacinas por parte da Moderna, três da Pfizer e outras duas da AstraZeneca, sendo que estas últimas vacinas foram só muito “recentemente aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento”.