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Uso de máscara nas estações e transportes públicos é responsabilidade de todos

Uso de máscara nas estações e transportes públicos é responsabilidade de todos

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, acompanhou esta segunda-feira a resposta da oferta do transporte ferroviário à nova fase de levantamento de restrições económicas e sociais, face à pandemia de Covid-19, apelando ao uso de máscara, obrigatória nos transportes públicos a partir de hoje.

“É fundamental para proteger-nos a nós e aos outros. É fundamental que todos as usem e temos de ser todos responsáveis para connosco e com os outros”, sublinhou o governante, que falava à saída de uma visita à Central de Segurança da Infraestruturas de Portugal, na estação de Santa Apolónia, em Lisboa.

O ministro reconheceu que, em alguns comboios das áreas metropolitanas do Porto e Lisboa, o controlo da lotação “é muito difícil”, uma vez que “a capacidade da infraestrutura nas horas de ponta está cheia”, reforçando a importância da responsabilidade individual.

“Nos comboios suburbanos o controlo da lotação é mais difícil, ela tem de ser cumprida, mas é difícil. (…) Há uma dimensão de responsabilidade individual que queremos que as pessoas incorporem e percebam que depende de si também garantir que o comboio não está sobrelotado, que não entram num comboio já muito cheio e que usam sempre a máscara, não só dentro do comboio, mas dentro da estação também”, disse.

Pedro Nuno Santos explicou que hoje, o primeiro dia do plano definido pelo Governo para reabertura progressiva dos serviços e comércio, na “pequena amostra” que viu na central de segurança, que tem ligação a cerca de 3.000 câmaras de segurança instaladas em estações de comboios de todo o país, “ainda não há enchentes e os comboios estão com uma boa lotação” para permitir a distância de segurança recomendada pelas autoridades.

“Foi reposta a 100% toda a oferta e colocámos sinalização em todas as estações. Pudemos constatar que não temos ainda grandes enchentes aos comboios, que estão com uma boa lotação, o que permite o distanciamento, e a esmagadora maioria [das pessoas] está a usar máscara”, explicou.

Pedro Nuno Santos disse também que as forças segurança estão presentes em várias estações para alertar e recomendar o uso de máscara e acrescentou que “nos próximos dias a pressão sobre os transportes públicos, e os comboios em particular, pode aumentar e as forças segurança farão cumprir a lei”, lembrando que “a não utilização de máscaras implica uma coima elevada”, entre 120 e 350 euros para quem não respeitar o seu uso obrigatório.

Apelou, por isso, à responsabilidade de cada utilizador para evitar entrar em comboios já cheios, ajudando a cumprir a lotação máxima de dois terços definida pelas autoridades.

Cumprimento tem corrido “muito bem”

A primeira manhã das novas regras obrigatórias nos transportes públicos também foi avaliada como bastante positiva pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, que esteve presente na Central de Comando do Metropolitano de Lisboa, assinalando que as poucas pessoas que se apresentaram sem máscara aceitaram depois a sua compra e utilização.

“Não foi passada nenhuma multa, até agora. Essas pessoas iam entrar sem máscara, portanto num sítio onde ainda podiam estar sem máscara”, referiu. As 30 pessoas que apareceram sem máscara no Metropolitano de Lisboa até às 8h00, após serem interpeladas pelos agentes de segurança, “aceitaram de muito bom grado a sugestão” de ir comprar o equipamento de proteção individual, disponível nas máquinas de venda automática, explicou Matos Fernandes.

“Não há aqui benevolência, nem tolerância nenhuma. Essas pessoas estavam sem máscara num sítio onde podiam estar sem máscara. Quando iam entrar num sítio onde é necessária máscara, foram interpeladas antes disso, portanto quando entraram no metro já tinham a máscara posta”, reforçou o governante, referindo que a decisão de aplicar coimas compete a cada agente da autoridade.

No Metro de Lisboa há 80 máquinas de venda e no Metro do Porto existem 30 pontos de venda, indicou o ministro que tutela os transportes urbanos, referindo que a máscara descartável custa 1,50 euros e “a máscara reutilizável, que é aquelas que as pessoas devem comprar”, está disponível ao custo de três euros.

“Não pode haver mais do que dois terços dos passageiros, todos os passageiros têm de andar com máscara e todos os modos de transporte têm de ser devidamente limpos, desinfetados e higienizados”, lembrou o governante, assegurando que as medidas já estão concretizadas na Transtejo/Soflusa, no Metro de Lisboa, no Metro do Porto, na CP – Comboios de Portugal, na Carris e no conjunto das empresas de autocarros pelo país fora.

Nos metros de Lisboa e do Porto, referiu, a hora de maior procura começa às 8h00, mas ainda não tinha havido mais do que 25% da lotação dos comboios. “Esta é a primeira manhã de ‘stress’ e está a correr muito bem”, apontou Matos Fernandes, dando conta que também na Soflusa, que assegura a ligação fluvial entre Lisboa e o Barreiro, as regras de lotação e uso de máscara estavam a ser cumpridas.

“As pessoas estão a aderir, de facto o civismo e a cidadania dos portugueses estão a vir ao de cima, como têm vindo, aliás, neste último mês e meio e hoje está-se a sentir muito isso”, considerou.