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Um primeiro-ministro não pode alimentar perceção de insegurança

Um primeiro-ministro não pode alimentar perceção de insegurança

Pedro Nuno Santos criticou hoje Luís Montenegro por ter tentado “alimentar a perceção de insegurança” com uma declaração ao país sobre segurança interna e considerou tratar-se de um “exercício de banalização da palavra de um primeiro-ministro”.

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“Um primeiro-ministro não alimenta perceções. Um primeiro-ministro apresenta e executa políticas para resolver os problemas das pessoas. Um primeiro-ministro não é nem diretor da Polícia Judiciária, nem diretor da PSP, nem diretor da GNR”, vincou o Secretário-Geral do PS numa reação à comunicação ao país por parte do primeiro-ministro.

Alertando que “o tema da segurança é demasiado importante para ser tratado da forma como foi tratado ontem pelo primeiro-ministro”, Pedro Nuno Santos sustentou que “temos maiores níveis de segurança em sociedades com maior coesão social”.

“A declaração que ontem tivemos é uma declaração de alguém que quer cavalgar a onda da perceção da insegurança”, lamentou o líder do Partido Socialista, que acusou Luís Montenegro de “instrumentalizar a imagem e os resultados da investigação e das operações das forças de segurança”.

De acordo com o Secretário-Geral do PS, ficou claro que se tratou de um aproveitamento da ação e da imagem das forças de segurança “para benefício de propaganda pessoal e do Governo”. E acrescentou que o trabalho destas instituições foi feito “com um conjunto de meios que lhes foram providenciados não por este Governo, mas por governos anteriores”.

Ora, a compra de veículos para as forças de segurança “já estava decidida desde fevereiro deste ano” pelo Governo do Partido Socialista, recordou.

Pedro Nuno Santos disse ainda que esta declaração foi “obviamente usada para desviar a atenção de outros temas, desde logo da portaria que foi ontem apresentada no que diz respeito às listas de espera na saúde e que, mais uma vez, mostra um Governo a querer desviar recursos públicos para o negócio privado da saúde”.

“Um primeiro-ministro tem de revelar sentido de Estado e não foi a isso que assistimos. A declaração de ontem só não é promotora de alarme social, porque foi ridícula”, comentou.

O Secretário-Geral do Partido Socialista lembrou mesmo que, recentemente, tivemos “declarações do primeiro-ministro a desvalorizar uma perceção sobre a violência doméstica, esse sim um crime grave, um dos crimes que mais mata em Portugal”.

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