Um Estado mais próximo é uma garantia de transparência e eficiência

O secretário-geral do PS, António Costa, defendeu que é “necessário avançar na descentralização”.

Para António Costa, que falava na sessão de abertura do debate “Melhor Estado, Mais Democracia”, “a experiência da administração local muda a visão sobre o Estado (..) Quando voltar ao Governo, voltarei diferente do que era quando saí do Governo”, disse.

O secretário-geral do PS afirmou que um “grande instrumento do Estado deve ser a política de descentralização”, que “permitirá maior proximidade, que é garantia de transparência e de maior eficiência do gasto público”.

Para avançar é necessário “evoluir e desbloquear o impasse constitucional”, sublinhou.

António Costa, que criticou a “incapacidade de diálogo do Governo”, dando como exemplo o facto de ter aprovado o caderno de encargos da privatização da TAP e o mesmo ser ainda desconhecido da oposição, defendeu que neste desbloqueamento da Constituição é preciso “evitar discussões que sejam inúteis”.
O líder do PS alertou, ainda, para a necessidade de ser alterada a lei eleitoral.

“Se há algo absolutamente essencial para devolver aos cidadãos a escolha dos seus eleitos, é termos um sistema eleitoral que (…) permita [aos eleitores] votar não só no seu partido, mas também no deputado que representa o seu ciclo uninominal”, frisou.

António Costa disse que o “reforço da democracia passa por aumentar o poder do cidadão”, bem como “reforçar a confiança do cidadão no exercício da atividade politica”.

É a “proximidade que reforça a transparência, a qualidade da democracia”, concluiu.