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Um acordo histórico com resultados históricos para o país

Um acordo histórico com resultados históricos para o país

Os partidos que constituem a maioria parlamentar de esquerda estarão hoje “rendidos” ao rigor imprimido pelo Governo do PS, quer nas contas públicas, quer no “reforço da democracia”, assumiu a Secretária-geral adjunta socialista, numa entrevista à agência Lusa a propósito do terceiro aniversário dos acordos bilaterais que deram origem à atual solução governativa.

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Um acordo histórico com resultados históricos para o país

Lembrando que nestes três últimos anos o Governo liderado pelo PS foi capaz, entre outras medidas positivas, de repor rendimentos dos trabalhadores, criar mais de 330 mil novos empregos e abrir uma página inédita no rigor das contas públicas, Ana Catarina Mendes salientou que estas medidas só foram possíveis graças a “um acordo histórico” que resultou em “resultados históricos” para o país.

Para a dirigente socialista, não se pode olhar para esta solução governativa “numa perspetiva minimalista”, lembrando os bons resultados já atingidos nestes três anos, não só do ponto de vista da “estabilidade e do reforço da democracia”, mas também dos proveitos e das soluções efetivas que trouxe para a qualidade e melhoria das condições de vida dos portugueses.

Rejeitando em absoluto a tese de que BE, PCP e PEV se tenham “curvado” perante o PS, a parlamentar socialista lembra que o acordo trouxe, isso sim, “um reforço da identidade” de cada um dos partidos, garantindo que o PS “em momento algum se desviou da sua matriz ideológica” ou da sua “convicção claramente europeísta”, referindo que o Governo liderado por António Costa “cumpriu sempre com a Europa, com os portugueses e com os parceiros” que apoiam esta solução governativa.

Redução do défice não é rendição mas orgulho e credibilidade

A líder socialista falou depois sobre o défice das contas públicas já anunciado para 2019, de 0,2% do produto, garantindo que atingir este objetivo “não é uma rendição” aos ditames europeus, mas “orgulho” na gestão orçamental do Governo, “sem sacrificar os rendimentos das pessoas, a economia ou o emprego”.

Segundo Ana Catarina Mendes, quando o rigor do défice é alcançado de “forma tão explícita”, com números “históricos na democracia portuguesa” sem cortar salários, pensões ou empregos e aumentando pensões e o salário mínimo nacional e criando postos de trabalho, a tese de que houve rendição não colhe, mas sim que o país foi governado “com credibilidade e rigor nas contas públicas”.

PS saberá merecer a confiança dos portugueses

Sobre se este quarto e último Orçamento de Estado da legislatura abre ou não caminho para que a atual solução política de Governo seja renovada, a Secretária-geral adjunta do PS lembrou que essa é uma decisão que em primeiro lugar cabe ao eleitorado resolver, sublinhando que a democracia é um sistema político que se “reforça com a voz dos cidadãos”, que certamente “não vão deixar de dizer que Governo querem depois das próximas eleições legislativas”.

Mais à frente nesta entrevista que concedeu à agência Lusa, Ana Catarina Mendes mostrou-se convicta de que o PS “terá uma votação assinalável” nas próximas legislativas, a justificar a “confiança que os portugueses têm hoje no PS”, sabendo assim “reconhecer o bom trabalho que fizemos ao longo destes últimos três anos” pelas famílias, pelas empresas e pela economia.

Quanto à argumentação de que se o PS vier a obter uma maioria absoluta é a capacidade de fiscalização pelo Parlamento que fica enfraquecida, a dirigente socialista discorda, lembrando que o PS é “o partido da construção da democracia portuguesa”, reafirmando o que há muito também o Secretário-geral do PS, António Costa, tem vindo a afirmar insistentemente, que em “momento algum os resultados eleitorais dos socialistas impediram de se ouvir fosse quem fosse e assim continuará a ser”.

Finalmente, em relação à onde populista e de extrema-direita que ameaça atingir a governação de alguns países dentro e fora da Europa, Ana Catarina Mendes mostrou-se convencida de que este fenómeno não ameaça Portugal, considerando que a atual solução de Governo “tem sido capaz de estancar” essa direita justicialista, o que não invalida, como também fez questão de alertar, que os portugueses se esqueçam do papel das principais figuras políticas da direita em Portugal, designadamente da líder do CDS, Assunção Cristas, que foi ministra do anterior Governo que “mais penalizou e empobreceu os portugueses”, ou de Rui Rio que já anunciou que vai apoiar o alemão Manfred Weber para a liderança da Comissão Europeia, “um dos mais ferozes adeptos da aplicação de sanções a Portugal”.