“O Partido Socialista é favorável a que seja concedida à Ucrânia um horizonte de integração europeia por intermédio da concessão do estatuto de país candidato à União Europeia”, vincou João Torres no final de uma audiência com o primeiro-ministro para preparar a reunião do Conselho Europeu dos próximos dias 23 e 24 de junho, na qual esteve acompanhado pelo presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, Eurico Brilhante Dias, e pela vice-presidente da bancada do PS Jamila Madeira.
Salientando que “desde a primeira hora o Partido Socialista condenou a invasão da Ucrânia pela Federação Russa”, o Secretário-geral adjunto do PS ressalvou que, “tal como sucedeu com Portugal”, esse processo será tipicamente “longo e moroso” e defendeu que deve ser “aprofundada a discussão sobre a arquitetura institucional e também orçamental do próprio espaço da União Europeia”.
“É, por isso, muito positivo que no próximo Conselho Europeu seja dado um sinal político forte por parte dos Estados-membros da União Europeia à Ucrânia e que seja mantida a coesão da União Europeia”, frisou.
Para João Torres, esta “união dos diferentes Estados-membros” é um “aspeto decisivo” e tem sido responsável pelo “tão firme e tão sólido” apoio “deste grande projeto político de paz e prosperidade da União Europeia à Ucrânia” ao longo dos últimos meses.
O dirigente socialista recordou em seguida que o PS “tem também acompanhado e saudado as inúmeras manifestações de apoio de Portugal à Ucrânia por intermédio, naturalmente, da ação governativa e que se tem materializado através do envio de mais de duas dezenas de toneladas de material militar, mas também de natureza não militar”. “E, desde a primeira hora, de uma disponibilidade para acolhimento de cidadãos ucranianos que resultou na aprovação de mais de 39 mil pedidos de asilo temporário, segundo dados do mês de maio de 2022”, acrescentou.
Promulgação do OE encerra um ciclo político
João Torres reagiu ainda à promulgação por parte do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao Orçamento do Estado para 2022: “O Orçamento do Estado para o ano de 2022 encontra-se promulgado. E esse é um facto que o Partido Socialista não pode deixar de saudar”.
O Secretário-geral adjunto do PS destacou que esta promulgação “encerra verdadeiramente um ciclo político de clarificação no nosso país que foi aberto não por vontade do Partido Socialista em outubro de 2021”.
“E o Partido Socialista está muito convencido de que este Orçamento do Estado para o ano de 2022 é um Orçamento que cria melhores condições para podermos continuar a avançar e é um Orçamento que cumpre escrupulosamente os compromissos que o PS assumiu na campanha eleitoral, para além de que mantém uma trajetória de contas certas, o que é especialmente importante num momento de incerteza para que o Governo continue a estar habilitado a intervir e a ajudar”, declarou.