Turismo recebe apoios de mais de 200 milhões de euros
O Governo disponibilizou até agora apoios ao sector do turismo, uma das áreas económicas que mais têm sido lesadas no contexto da pandemia, de cerca de 215 milhões de euros a fundo perdido, dos quais perto de 177 milhões de euros foram já pagos no âmbito do programa Apoiar.pt, garantiu o ministro Pedro Siza Vieira.
Intervindo esta manhã num encontro em Lisboa, promovido pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, começou por destacar o conjunto de verbas a fundo perdido que o Governo tem vindo a ratificar de apoio ao setor do turismo, de cerca de 215 milhões de euros, dos quais perto de “117 milhões de euros foram já pagos”, garantindo o ministro Pedro Siza Vieira que no total até agora entre apoios ao emprego e ao ‘lay-off’, o valor global “supera já os 2.200 milhões de euros”.
Verba que o ministro da Economia reconhece poder não ser ainda suficiente face ao impacto da terceira vaga da covid-19, mostrando-se persuadido de que será necessário “manter ou mesmo até reforçar” os apoios ao emprego e à economia, no seu conjunto, lembrando que no caso específico do turismo a situação epidemiológica “tem sido devastadora para setor”. Designadamente, como aludiu, pelos impactos particularmente nocivos que tem representado também para a visibilidade internacional do turismo português, defendendo que se deve continuar a pensar não só na forma mais adequada para se reforçarem os investimentos no setor, mas igualmente projetar a estratégia que melhor se poderá adaptar tendo em vista a “promoção e a recuperação da imagem do turismo nacional”.
De acordo com Pedro Siza Vieira, o Governo está determinado a “continuar a usar as verbas do próximo quadro plurianual” (PT2030), para apoiar a qualificação da oferta turística, mas também para afirmar a “estruturação do produto e a sua diversificação nos próximos tempos”, sempre no pressuposto, como aludiu, de que a procura turística “irá retomar assim que a situação epidemiológica esteja controlada”.
Uma decisão que, segundo o ministro da Economia, vai desde já obrigar à “extensão e ao reforço dos apoios às empresas”, continuando a trabalhar “quer na gestão da sua dívida, quer nas moratórias”, apoios que serão extensivos, como garantiu, ao “investimento empresarial e à promoção externa”, permitindo assim que as empresas “possam posicionar-se face às mudanças estruturais e responder às exigências futuras do sector do turismo”.